Psicóloga
da Unimed Araxá dá dicas sobre como aproveitar melhor esse momento de reflexão
Refletindo sobre o desenvolvimento humano e sabendo que o nosso desenvolvimento físico, emocional se estabelece por fases e que estamos sempre comprometidos com o social e espiritual, penso que está chegando o momento de começarmos a olhar para o que temos vivido na nossa vida pessoal, familiar, profissional e social.
É muito comum no final de ano ou próximo ao nosso aniversário fazermos um balanço do que temos vivido. Diante de nossas vivências vamos tentando construir ou mesmo reformular as nossas metas, a nossa convivência e estabelecer o novo de novo.
Se pararmos para observar ao longo da história da humanidade vamos ver como alguns comportamentos, atitudes e movimentos sociais se repetem (epidemias, guerras, crescimentos e descobertas). Saímos da era da descoberta do fogo e chegamos à era digital (novas tecnologias e informações em tempo real) e a humanidade está acelerada e desejosa de crescimento.
O excesso de informações e as exigências do mundo moderno tem refletido nos nossos comportamentos, já não temos tempo para o outro. Estamos o tempo todo ligados, acelerados e quase sempre estamos insatisfeitos com o que temos. Nos esquecemos de que somos mortais, que temos fases de desenvolvimento, que somos limitados e precisamos uns dos outros. A vida humana parece não ter mais valor, a natureza está descontrolada. E nós, o que temos feito para melhorar o mundo em que vivemos?
Talvez seja hora de parar e refletir, para aonde estamos indo, o que estamos buscando. Será que estamos sabendo estabelecer as prioridades, o que tem nos faltado e o que está sendo supérfluo dentro da realidade atual?
As mudanças são necessárias e urgentes, mas sem reflexão não existe possibilidade de mudança. No corre-corre da vida temos perdido a oportunidade de desfrutar da convivência, das construções e aquisições que conquistamos. Somos passageiros, temos um prazo de validade, não percebemos o tempo passar e não conseguimos acompanhar a velocidade que o mundo exige e assim vamos nos sentindo vazios e insaciáveis.
Mas, então, chega o final do ano de 2023 e as nossas ações se voltam para fazer um balanço. É necessário se permitir uma avaliação para poder construir novos rumos, buscar novos horizontes. Essa avaliação não deve ter o caráter de cobrança, de imposições, mas sim de nos capacitar para entender e compreender o que passou e como estão as metas que foram traçadas. O nosso desenvolvimento pessoal deve ser o ponto de partida para toda e qualquer mudança que venha a acontecer no mundo à nossa volta. Se você deseja um mundo diferente comece a melhorar a si mesmo. Se você não está conseguindo fazer essas mudanças sozinho, o que te impede de buscar alguma forma de ajuda?
Vamos viver a vida só uma vez e temos de buscar viver bem e com qualidade. Não podemos esperar que os políticos ou qualquer outra pessoa possa fazer essa mudança interna e efetiva que vai nos capacitar para uma vida de mais qualidade. Brindemos o ano novo que chega com alegria e esperança de muitas mudanças, que possamos cultivar a paz, a união, a gentileza e o respeito pelos outros e pela natureza.
Teresinha Aparecida Batista Grizzuti - psicóloga da Unimed Araxá
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