Ginecologista Ana Derraik esclarece as oito dúvidas comuns das mulheres
A
contracepção é parte fundamental da saúde reprodutiva das mulheres e há uma
variedade de métodos disponíveis para atender às necessidades individuais. No
entanto, uma pesquisa encomendada pela Organon, realizada pelo Instituto Ipsos
com 600 mulheres de todo o Brasil, apontou que quando perguntadas sobre os
contraceptivos que vêm primeiro à mente, as pílulas orais continuam sendo as
mais lembradas, com 53%. Na sequência, vêm preservativos (15%); dispositivos
intrauterinos (DIUs) com 12%e injeções mensais (11%). Os implantes hormonais
foram citados por apenas 2% das mulheres.
Este
resultado comprova que é preciso proporcionar às mulheres mais conhecimento
sobre os métodos contraceptivos de longa duração (LARCs), que se destacam por
sua eficácia comprovada e pela capacidade de permitir que as mulheres planejem
com mais segurança e autonomia suas vidas reprodutivas. Esses métodos incluem o
implante subdérmico de etonogestrel, o DIU de cobre e o DIU hormonal.
Segundo
o Ministério da Saúde, apenas 2% delas fazem uso desses tipos de
anticoncepcionais. O implante de etonogestrel, por exemplo, tem uma taxa de
falha inferior a 1% e oferece proteção por até três anos. Essa opção é
especialmente atraente para mulheres que desejam prevenir gravidez indesejada.
Para
esclarecer alguns mitos sobre o tema, a convite da Organon, Ana Derraik, médica
ginecologista e obstetra, Mestra em Saúde da Família, diretora geral do
Hospital da Maternidade Santa Cruz da Serra (RJ), diretora médica da ONG Nosso
Instituto e diretora médica da Derraik Mulher, listou os principais equívocos
que podem afastar as mulheres de considerar os LARCs como uma opção viável.
Confira.
Mito 1: "Esses métodos são muito
invasivos"
Há
uma crença errônea de que os LARCs são procedimentos invasivos e
desconfortáveis. Na realidade, esses métodos são relativamente simples de
inserir. Por exemplo, o implante de etonogestrel é um pequeno bastão colocado
sob a pele do braço, sem a necessidade de manipulação do colo do útero. “Para
mulheres jovens, que estão querendo iniciar a vida sexual, o implante acaba
sendo um grande aliado porque não há necessidade de manipular o colo uterino.
Uma vez inserido, o implante tem efeito garantido por 3 anos. Vale lembrar que
esses métodos também podem ser uma alternativa para aquelas mulheres que se
esquecem de tomar a pílula diariamente”, explica a profissional.
Mito 2: "Eles não são
reversíveis"
Ao
contrário, os LARCs são totalmente reversíveis. “Tanto o implante de
etonogestrel, quanto o DIU de cobre e o DIU hormonal, não são métodos de
depósito e deixam de fazer efeito após serem retirados. A mulher retoma o ciclo
menstrual ovulatório normalmente. Se, por acaso, a mulher não ovular após a
retirada do método, isso pode acontecer devido a uma particularidade do
organismo dela e não pelo fato de ter usado o método durante aquele período.
Nesse caso, é importante consultar um ginecologista para investigar de forma
criteriosa”, esclarece a médica.
Mito 3: "DIU causa gestação
tubária ou gravidez nas trompas"
Outro
mito é de que o DIU pode causar gravidez nas trompas, o que não é verdade.
“Alguns métodos como a pílula combinada, adesivo ou anel vaginal são opções que
inibem a ovulação e, quando não há ovulação, não existe gravidez. Já o DIU não
hormonal, e mesmo em alguns casos o DIU hormonal, não inibem a ovulação. Ele é
um dispositivo que impede que os espermatozoides cheguem até as trompas onde
acontece a fertilização”, alerta a Dra. Derraik. Gravidez nas trompas ocorre
quando o embrião se implanta na trompa (também conhecida como tuba uterina)
antes de chegar ao útero.
Mito 4: "Implante melhora o
padrão de sangramento"
Algumas
pessoas acreditam que o implante pode eliminar completamente a menstruação, mas
isso não é uma regra. “O implante de etonogestrel é um contraceptivo e não um
regulador de ciclo. Cada organismo reagirá de uma maneira, por isso, é
importante sempre consultar um profissional de saúde capacitado para esclarecer
todas as dúvidas quanto ao método escolhido”, explica a médica.
Mito 5: "Apenas mulheres adultas
podem utilizar esses métodos"
Os
LARCs são adequados para mulheres de todas as idades. “Esses métodos configuram
o que há de mais inovador em contracepção. O implante de etonogestrel, por
exemplo, pode ser utilizado por mulheres muito jovens, pessoas que nunca
tiveram filhos ou nunca engravidaram e até mulheres que tiveram filhos há pouco
tempo, sem causar grandes transtornos. Quando uma mulher decide sobre o melhor
momento de engravidar ou não, ela se apropria do seu corpo, alimenta sua
autoestima e tem condições de seguir com seus projetos de vida”, acredita a
especialista.
Mito 6: “Há risco de não conseguir
engravidar depois que tirar o implante”
O
implante de etonogestrel não afeta a fertilidade após a remoção. “Ele só faz
efeito enquanto está no braço. Tão logo seja retirado, o princípio ativo, que é
a medicação que impede a gravidez, deixa de circular na corrente sanguínea e a
fertilidade é restabelecida. Você até poderá ter dificuldade para engravidar,
mas não por causa do uso do implante. O implante só evita gravidez enquanto
está no corpo, depois que tira, acaba o efeito. Simples assim”, afirma Derraik.
Mito 7: "Fico assustada de parar
de menstruar com o uso do implante e isso ser gravidez."
“O
implante de etonogestrel é o método mais seguro que existe no mundo. A
possibilidade de engravidar usando o implante é de 0,05%. Não existe método
100% seguro. O implante é o que mais se aproxima disso. A gravidez deve ser
descartada antes de inserir o implante. Depois que inserir o implante no seu
braço, mesmo que você fique os 3 anos sem menstruar, a falta da
menstruação é pelo efeito do hormônio que o implante libera no seu corpo e não
por conta de gravidez”, esclarece a médica.
Mito 8: "Se eu sangrar muito, o
efeito do implante fica comprometido"
A
menstruação ficará alterada nas mulheres que usam implante. “Algumas param de
menstruar, outras sangram raramente, outras sangram todo mês e ainda há aquelas
que vão sangrar de forma contínua. Não importa como você sangra. A proteção
contra gravidez está garantida independentemente do padrão de sangramento”,
finaliza a especialista.
Organon
www.organon.com/brazil
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