A adoção das práticas ESG – Environmental, Social and Corporate Governance se torna primordial no mundo dos negócios, porque para uma empresa crescer é preciso ter uma operação sustentável. Na maioria dos casos, os ganhos em ESG vêm de melhorias nos processos produtivos. Reduções na utilização de insumos como energia e água, otimização de rotas logísticas que permitam economias de combustível, melhorias de processo que reduzam desperdícios.
O ESG teve sua origem no mercado financeiro, através dos Princípios para o Investimento Responsável da ONU. Esse conceito busca demonstrar a interação entre investimentos e questões ambientais, sociais e de governança.
As empresas, mercado financeiro e o ambiente de negócios precisarão cada vez mais focar neste conceito, pois torna-se evidente que não há mais condições para ignorar a importância destas questões.
“Cada vez mais se leva em consideração a análise de como as empresas se relacionam com seus stakeholders e as ações que uma empresa pode tomar para construir sua responsabilidade social atingem a qualidade de vida de diferentes indivíduos, comunidades e a sociedade de forma geral, por meio de ações éticas”, relata a economista Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News.
Com o crescente movimento global de combate às mudanças climáticas e a Agenda 2030 com seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o ESG ganhou ainda mais notoriedade no mundo corporativo como uma ferramenta estratégica que possibilita às organizações incorporar as externalidades de suas atividades.
Uma das questões mais discutidas é se o ESG se aplica apenas a empresas de grande porte. Segundo Otávio Neri, Bacharel em Gestão Ambiental e Técnico de Meio Ambiente, a implantação do ESG é viável para organizações de todos os tamanhos, já que toda atividade gera externalidades. Independentemente do porte econômico, o ESG pode ser implementado, e o compliance (cumprimento das legislações e regulamentos) é um alicerce importante para adoção de estratégias alinhadas a esse conceito.
De acordo com Davi Alberto, CEO da Mercoline, o ESG oferece uma visão holística do impacto das empresas no mundo, indo além dos aspectos financeiros tradicionais. Ele se baseia em princípios éticos e sustentáveis, que são fundamentais para a construção de uma sociedade mais equitativa e um planeta mais saudável.
Para Norman Neto, consultor e professor ESG do ISAE Escola de Negócios, Mestre em Governança e Sustentabilidade, uma formação em prol de práticas ambientais, sociais e de governança é de grande importância para auxiliar organizações a obterem um diferencial competitivo significativo frente a seus concorrentes, sejam eles diretos ou indiretos.
“À medida que estas questões ganham destaque, as empresas que estão alinhadas à esta realidade têm uma vantagem competitiva. E a formação e capacitação para uma cultura ESG provoca os líderes a entenderem e se adaptarem às mudanças, antecipando-se às expectativas dos seus clientes e a sociedade como um todo”, completa o professor Norman Neto.
“De acordo com dados do 8º Estudo de Sustentabilidade da
BDO Brasil, quinta maior empresa de auditoria e consultoria do
mundo, 61% das empresas brasileiras enxergam a agenda ESG como uma estratégia
de negócio. Entretanto, apenas 39% possuem um departamento de ESG e/ou
Sustentabilidade”, finaliza Vininha F. Carvalho.
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