Fisioterapeuta explica que dor pode impedir pessoas de correr e até mesmo caminhar, mas tratamento adequado pode evitar que a dor causada pela inflamação se estenda.
A sensação de queimação na sola do pé, dificuldades para caminhar,
dores ao levantar-se, e desconforto podem ser sinais de que a saúde dos pés
precisa de atenção, podendo indicar algo mais sério, como a fascite plantar.
"Essa estrutura é fundamental para a qualidade da marcha e a propulsão dos
passos. Se inflamada, torna a locomoção uma tarefa árdua", conforme
explica Caio Marengoni, fisioterapeuta e Diretor Clínico do Instituto RV.
Como
ocorre e se manifesta a fascite plantar
Segundo o especialista, a fascite plantar frequentemente se revela
com uma dor aguda e intensa na região do meio do calcanhar que se estende para
a planta do pé, especialmente ao dar os primeiros passos após períodos de
descanso prolongado, como ao se levantar de manhã ou após um longo período sentado.
Essa dor inicial pode ser descrita como uma sensação de desconforto que tende a
diminuir à medida que uma pessoa continua a se movimentar. No entanto, ao longo
do dia, a dor pode se intensificar novamente, especialmente após atividades que
desativam ficar em pé por longos períodos.
“O uso de calçados inadequados pode agravar os sintomas da fascite
plantar. Mulheres que frequentemente utilizam salto alto, por exemplo, podem
experimentar um aumento significativo na dor na região do calcanhar. O salto
alto coloca uma pressão adicional na fáscia plantar, contribuindo para o
desconforto e a dor. Além disso, a sensação de queimadura na sola do pé pode
estar presente, acompanhada por uma sensação de peso e pressão. O desconforto
pode persistir mesmo após a remoção dos sapatos, destacando a natureza
persistente e debilitante da fascite plantar”, explica.
Como
tratar
Marengoni destaca que o tratamento da fascite plantar deve
priorizar a intervenção combinada, ou seja, várias intervenções juntas, cada
uma com sua importância, seriam elas: alongamentos específicos, reabilitação
com terapia manual, bandagens rígidas, talas noturnas para quem ter dor nos
primeiros passos do dia e palmilhas customizadas.
Sobre a inclusão de alongamentos e exercícios no tratamento
Marengoni destaca que devem ser realizados regularmente para aliviar a tensão
no tendão de Aquiles e na fáscia plantar. O paciente pode também fazer a
rotação da articulação do tornozelo através de movimentos suaves para
melhorar a flexibilidade e reduzir a dor, e exercícios de fortalecimento dos
músculos da parte inferior da perna, como o levantamento de panturrilha.
"Todos esses alongamentos são suportes e particularmente
benéficos. Com o tratamento adequado, é possível evitar que a inflamação se estenda.
O objetivo é sempre permitir que os pacientes retomem suas atividades diárias
normalmente, pois a fascite plantar não precisa e nem deve ser um obstáculo
intransponível", finaliza Marengoni.
Instituto RV
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