quarta-feira, 29 de novembro de 2023

DOR NA SOLA DO PÉ? VEJA COMO PREVENIR E TRATAR FASCITE PLANTAR

Fisioterapeuta explica que dor pode impedir pessoas de correr e até mesmo caminhar, mas tratamento adequado pode evitar que a dor causada pela inflamação se estenda.

 

A sensação de queimação na sola do pé, dificuldades para caminhar, dores ao levantar-se, e desconforto podem ser sinais de que a saúde dos pés precisa de atenção, podendo indicar algo mais sério, como a fascite plantar. "Essa estrutura é fundamental para a qualidade da marcha e a propulsão dos passos. Se inflamada, torna a locomoção uma tarefa árdua", conforme explica Caio Marengoni, fisioterapeuta e Diretor Clínico do Instituto RV.
 

Como ocorre e se manifesta a fascite plantar

Segundo o especialista, a fascite plantar frequentemente se revela com uma dor aguda e intensa na região do meio do calcanhar que se estende para a planta do pé, especialmente ao dar os primeiros passos após períodos de descanso prolongado, como ao se levantar de manhã ou após um longo período sentado. Essa dor inicial pode ser descrita como uma sensação de desconforto que tende a diminuir à medida que uma pessoa continua a se movimentar. No entanto, ao longo do dia, a dor pode se intensificar novamente, especialmente após atividades que desativam ficar em pé por longos períodos. 

“O uso de calçados inadequados pode agravar os sintomas da fascite plantar. Mulheres que frequentemente utilizam salto alto, por exemplo, podem experimentar um aumento significativo na dor na região do calcanhar. O salto alto coloca uma pressão adicional na fáscia plantar, contribuindo para o desconforto e a dor. Além disso, a sensação de queimadura na sola do pé pode estar presente, acompanhada por uma sensação de peso e pressão. O desconforto pode persistir mesmo após a remoção dos sapatos, destacando a natureza persistente e debilitante da fascite plantar”, explica.
 

Como tratar

Marengoni destaca que o tratamento da fascite plantar deve priorizar a intervenção combinada, ou seja, várias intervenções juntas, cada uma com sua importância, seriam elas: alongamentos específicos, reabilitação com terapia manual, bandagens rígidas, talas noturnas para quem ter dor nos primeiros passos do dia e palmilhas customizadas. 

Sobre a inclusão de alongamentos e exercícios no tratamento Marengoni destaca que devem ser realizados regularmente para aliviar a tensão no tendão de Aquiles e na fáscia plantar. O paciente pode também fazer a rotação da articulação do tornozelo através de movimentos suaves para melhorar a flexibilidade e reduzir a dor, e exercícios de fortalecimento dos músculos da parte inferior da perna, como o levantamento de panturrilha. 

"Todos esses alongamentos são suportes e particularmente benéficos. Com o tratamento adequado, é possível evitar que a inflamação se estenda. O objetivo é sempre permitir que os pacientes retomem suas atividades diárias normalmente, pois a fascite plantar não precisa e nem deve ser um obstáculo intransponível", finaliza Marengoni.
 

Instituto RV

 

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