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Câncer de mama está em 1ª lugar entre
os tumores mais comuns em cadelas e em 3º entre os mais observados em gatas
O mês de outubro é dedicado à conscientização do câncer de mama em mulheres, mas também ao diagnóstico e prevenção da doença nos pets. Segundo o CFMV (Conselho Federal de Medicina Veterinária), cerca de 50% das cadelas e 30% das gatas são diagnosticadas com tumores mamários, segundo pesquisas veterinárias sobre tratamento quimioterápico das neoplasias mamárias em cadelas e gatas. Por isso, é importante observar sinais como alterações na pele, formação de pequenos caroços ou massas de diferentes tamanhos e espessuras na mama dos animais domésticos.
“Apesar de poder acontecer em qualquer animal, as raças Poodle,
Pastor Alemão, Cocker Spaniel, Boxer, Teckel (o famoso salsichinha) e
Retrievers são as mais afetadas pela doença. A idade também influencia na
incidência dos tumores, sendo que quanto mais idosa, maior o risco de
apresentar tumores. Além disso, a obesidade e a influência de hormônios (sejam
eles produzidos pelo próprio organismo da cadela ou aplicados nas injeções “anti
cio”) estão fortemente correlacionadas à incidência dos tumores”, observa a
médica veterinária e coordenadora de Marketing da plataforma de saúde e
bem-estar para cães e gatos Guiavet, Dra. Renata
Pinheiro.
Sintomas
Os sintomas podem variar bastante de animal para animal,
dependendo do estágio da doença, mas é possível observar a alteração das mamas,
a presença de leite, muco ou sangue nas mamas, além da presença de nódulos,
perda de peso, dificuldades respiratórias e dores, em casos mais graves. Com
isso, a melhor forma de diagnóstico precoce é com o exame do toque nas mamas
das cadelas ou gatas.
Ao notar alterações nos tamanhos, formato, coloração
ou a presença de nódulos, é hora de conversar com o veterinário para entender
se é um tumor ou não. O profissional poderá fazer a avaliação física e os
exames citológicos e histopatológicos, que podem ser realizados em uma consulta
simples com um clínico. Além disso, alguns exames de imagem como o Raio X,
tomografia ou ultrassom também podem auxiliar no diagnóstico.
Tratamento
O tratamento pode ser feito de formas diferentes, conforme as condições de saúde do animal e o tipo e a evolução da doença. Entre as principais alternativas, estão a remoção cirúrgica da cadeia mamária e outros tecidos acometidos pelo tumor, o uso da quimioterapia e radioterapia.
“É importante dizer que cada organismo é único e, por isso, é
essencial procurar um médico veterinário oncologista que possa entender o
quadro e escolher a melhor conduta para cada animal. Para te auxiliar na
prevenção da doença em seus pets, o aplicativo
da Guiavet tem um protocolo de avaliação das
mamas que pode ser realizado gratuitamente, com lembretes periódicos e
orientações com veterinários para te ajudar a perceber alterações iniciais na
mama dos animais”, orienta a veterinária.
Castração
Há estudos que correlacionam a menor possibilidade de
desenvolvimento de tumores mamários aos animais castrados, principalmente
através da castração precoce, que pode reduzir significativamente o risco da
doença. “Não existe uma idade ideal para realizar a castração de todos os
animais. O ideal é que o tutor e veterinário cheguem a um período desejado,
considerando o estilo de vida e a possibilidade de cruzas indesejadas do
animal”, explica Renata.
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