terça-feira, 31 de outubro de 2023

Ecocardiograma fetal ajuda a diagnosticar doenças cardíacas em bebês

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Exame identifica algumas patologias ainda no período em que o
feto está na barriga da mãe, auxiliando no tratamento precoce, caso haja necessidade

 

Recomendado como rotina para as gestantes durante o pré-natal, o exame de ultrassom conhecido como ecocardiograma é um importante instrumento para avaliar o coração do bebê ainda durante a gravidez. De acordo com a cardiologista do Sabin Diagnóstico e Saúde, Ana Marice Teixeira Ladeia, o exame auxilia ao analisar, com exatidão, as estruturas cardíacas, como artérias, veias e válvulas.  

O procedimento é indicado, principalmente, entre a 22ª e a 30ª semana gestacional. “O ecocardiograma fetal tem a função de identificar doenças cardíacas do bebê. Essa identificação, muitas vezes, permite que algumas patologias possam ser tratadas ainda no período em que o feto está na barriga da mãe”, informa a especialista, salientando que a avaliação pode ser factível mesmo após esse período, caso haja uma recomendação médica. 

Ana Marice pontua que, além de identificar precocemente patologias, o exame torna possível o planejamento de possíveis intervenções que podem vir a ser necessárias após o nascimento. “Praticamente, todas as alterações cardíacas podem ser detectadas no ecocardiograma. Isso porque o coração é analisado tanto na estrutura como na função, a exemplo de alterações nas artérias, alterações congênitas, defeito do septo atrioventricular, entre outras cardiopatias”, esclarece.  

Mesmo recomendado na rotina de um bom acompanhamento gestacional, a cardiologista salienta que algumas indicações tornam o exame indispensável, como suspeita de alteração cardiovascular ou extracardíaca do feto detectados no ultrassom obstétrico ou morfológico; crescimento fetal inadequado; cariótipo fetal anormal; gestação gemelar; cardiopatia congênita em parentes; gestação acima dos 35 anos; e doenças maternas, a exemplo de lúpus, diabetes, infecções como rubéola. 

A avaliação dura, em média, 30 a 40 minutos, podendo demorar um pouco mais em gestação gemelar, porque são examinados mais de um coração. Em fetos que apresentam doenças cardíacas congênitas mais complexas, o exame pode exigir também mais tempo. A médica acrescenta ainda que a avaliação não oferece nenhum risco. “É um exame de imagem que oferece total segurança para o bebê e para a mãe”, pontua ela, acrescentando que o procedimento é realizado com a colocação de um transdutor com gel sobre o abdome da mulher para obter as imagens do coração do feto. Desta forma, por meio de um monitor, são observadas e investigadas possíveis alterações anatômicas e funcionais da circulação fetal, auxiliando, desta forma, em melhor planejamento para o parto.

 

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