sábado, 30 de setembro de 2023

 Psiquiatra alerta sobre os sintomas desse distúrbio mental  

 

É habitual o ser humano passar por variações de humor durante o dia, ir de momentos de extrema alegria para a tristeza. São sentimentos naturais de cada indivíduo, mas existem pessoas que passam por variações de humor indo da euforia extrema à depressão profunda com maior intensidade, de maneira crônica. Essas pessoas são classificadas como bipolares. A bipolaridade é um transtorno mental que atinge cerca de 4,2 milhões de brasileiros, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). 

A causa exata do distúrbio bipolar não é conhecida, mas acredita-se que seja influenciada por uma combinação de fatores como genética, ambiente, estrutura e química do cérebro. Por isso, sua descoberta pode demorar por conta do desconhecimento em torno do problema. “O histórico de vida da pessoa e familiar auxilia no diagnóstico, pois leva em conta as alterações de humor anteriores, episódios atuais ou passados de depressão, além da ausência de resposta ao tratamento com antidepressivos”, explica o médico psiquiatra, Bruno Brandão. 

De acordo com o psiquiatra, a doença não tem cura, mas com tratamento correto, o indivíduo pode viver normalmente. “Os cuidados incluem, o uso de medicamentos, psicoterapia e mudanças no estilo de vida, como o fim do consumo de substâncias psicoativas (cafeína, anfetaminas, álcool e outras), além de desenvolver hábitos saudáveis de alimentação, sono e redução dos níveis de estresse”, afirma. 

Ainda segundo o médico , o apoio familiar faz toda diferença. “Os familiares precisam dar suporte, não julgar e procurar se informar sobre a doença. Além disso, é ideal que a família também tenha acompanhamento psicológico para ter emocional para ajudar o parente”, diz.

 

Sintomas 

Os sintomas da doença são classificados como os da fase depressiva e fase maníaca. Veja abaixo quais são eles:

 

Episódios de depressão  

·         Tristeza persistente (humor deprimido);

·         Fadiga (cansaço excessivo e redução de energia);

·         Alterações significativas no apetite;

·         Perda ou ganho de peso;

·         Sentimentos de desesperança, vazio, impotência e inutilidade;

·         Culpa e preocupações excessivas;

·         Lentidão (física e mental);

·         Insônia ou sono excessivo;

·         Baixa autoestima;

·         Memória e concentração prejudicadas;

·         Ausência de prazer e interesse nas atividades habituais;

·         Isolamento social;

·         Pessimismo generalizado;

·         Pensamentos suicidas.

 

Episódios maníacos 

·         Diminuição da necessidade de sono;

·         Autoestima inflada;

·         Hiperatividade;

·         Agitação psicomotora;

·         Delírios de grandeza;

·         Aumento do desejo sexual;

·         Fala e pensamentos acelerados;

·         Irritabilidade extrema;

·         Sensação de tensão e nervosismo;

·         Atenção dispersa (distratibilidade);

·         Alucinações;

·         Comportamento agressivo;

·         Atitudes impulsivas e imprudentes;

·         Sensações de extrema felicidade, energia e autoconfiança.

 

Fonte: Bruno Brandão, médico psiquiatra. Possui título de especialista em psiquiatria pela Associação Brasileira de Psiquiatria - ABP. Especialização em dependência química pela unidade de álcool e drogas pela Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP -Pós graduado em terapia cognitiva comportamental PUCRS - Certificação em Neurociências PUCRS - Membro Titular da Associação Brasileira de Psiquiatria - ABP . @brunopsiquiatra



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