sexta-feira, 1 de setembro de 2023

Inteligência emocional: estudo recente indica que maior capacidade cognitiva está ligada à menor resposta emocional

Especialista em desenvolvimento humano e pessoal, Gisele Hedler, explica o impacto da inteligência emocional em todos os âmbitos da vida

 

No mundo acelerado e dinâmico dos negócios de hoje, a inteligência emocional emergiu como uma habilidade essencial para o sucesso profissional e pessoal. A capacidade de compreender, gerenciar e utilizar eficazmente as emoções, tanto as próprias quanto as dos outros, desempenha um papel fundamental no ambiente de trabalho. De acordo com um estudo publicado em agosto na revista Intelligence, pessoas com maior capacidade cognitiva geral apresentam padrões de resposta emocional distintos, caracterizados por picos mais lentos e menos intensos, se comparado com aqueles com menor capacidade cognitiva. 

Para explorar como a capacidade cognitiva pode interferir no processamento emocional, os pesquisadores realizaram dois estudos diferentes. O primeiro estudo consistiu em quatro experimentos separados com o objetivo principal de investigar a relação entre a capacidade cognitiva geral e a dinâmica emocional em resposta a estímulos visuais. Os voluntários, com idade média de 18 anos, foram instruídos a avaliar continuamente suas reações afetivas, com um mouse do computador, a partir da visualização de imagens com valência emocional. 

Já o segundo estudo, teve como objetivo replicar e ampliar as descobertas da primeira parte da pesquisa. Aqui, eles usaram um método diferente de resposta, pressionando botões em conjunto diferente de imagens com valência emocional. Em ambos os estudos, os investigadores descobriram que os participantes com maior capacidade cognitiva medida através de pontuações ACT (um teste padronizado comumente usado para admissão em faculdades nos Estados Unidos) exibiram padrões distintos nas suas reações emocionais em comparação com aqueles com menor capacidade cognitiva.

Segundo a especialista em comportamento humano, Gisele Hedler, a inteligência emocional não trata apenas de competências técnicas; é uma ferramenta poderosa que pode influenciar positivamente a colaboração, a liderança e o crescimento individual, além de impactar positivamente em relacionamentos, e até mesmo em uma comunicação mais assertiva.  


Influência nas relações humanas 

Para Gisele, a inteligência emocional é a base das relações humanas saudáveis e significativas. A habilidade de compreender as emoções de outras pessoas, demonstrar empatia genuína e comunicar-se de forma eficaz é fundamental para a construção de laços fortalecidos. “Em um relacionamento, seja amoroso, profissional ou até mesmo de amizade, precisamos agregar a ele resultados, e não ser apenas um ‘sangue-suga’, que sempre espera receber dos outros, mas nunca está disposto a doar”, pontua a especialista.  

Essas relações interpessoais sólidas são essenciais tanto no ambiente pessoal quanto no profissional, permitindo colaboração, resolução de conflitos e criação de ambientes harmoniosos”, pontua Hedler. 


Controle das emoções e melhor liderança 

Nos cenários de liderança, a inteligência emocional se destaca como um fator determinante. Para Gisele, líderes emocionalmente inteligentes são capazes de inspirar, motivar e criar um ambiente positivo para suas equipes. Eles compreendem as necessidades e emoções de seus colaboradores, promovendo um clima de confiança e engajamento. 

“Em todos os âmbitos da nossa vida, muitas vezes a gente vai precisar segurar na mão de alguém para ajudá-lo. Mas, para fazer isso, temos primeiramente que liderar nós mesmos, isso significa que precisamos liderar nossas próprias emoções e não sermos reativos. É preciso sair do lugar de vítima”, explica. 


Comunicação assertiva

Além disso, a inteligência emocional está diretamente ligada à capacidade de comunicar de maneira eficaz. A compreensão das próprias emoções permite uma comunicação mais clara e assertiva, evitando mal-entendidos e conflitos. Para isso, é necessário ter empatia, que permite compreender o ponto de vista dos outros, facilitando a comunicação e construindo ligações entre diferentes perspectivas, explica Gisele.


Melhores decisões 

A inteligência emocional desempenha um papel vital na tomada de decisões. “Quando consideramos não apenas os aspectos lógicos, mas também as implicações emocionais de uma escolha, conseguimos tomar decisões mais informadas e equilibradas. Isso é um destaque em ambientes de trabalho e liderança, onde decisões impactam equipes, resultados e relacionamentos”, afirma a especialista. 


Resiliência e Gerenciamento de Estresse

Indivíduos com alta inteligência emocional tendem a ser mais resilientes diante dos desafios. “É preciso sair da zona de conforto, se auto desafiar todos os dias e parar de reclamar. É sobre fazer o que precisa ser feito e ter resiliência para continuar. Essas pessoas são capazes de terem uma melhor compreensão de suas próprias emoções e lidar com o estresse de maneira saudável”, exemplifica. Essa resiliência os ajuda a enfrentar adversidades com confiança, encontrar soluções criativas e manter um equilíbrio emocional.

Gisele finaliza defendendo que investir no desenvolvimento da inteligência emocional é um passo crucial para o crescimento pessoal e profissional. Aumentar a autoconsciência, a autogestão, a empatia e as habilidades sociais não apenas enriquece a experiência de vida, mas também abre portas para oportunidades de carreira. Profissionais emocionalmente inteligentes muitas vezes são mais adaptáveis, resilientes e têm uma vantagem competitiva, segundo ela.  



Gisele Hedler - empresária e uma entusiasta em Nutrição Funcional. Especialista em saúde emocional, física e espiritual, Gisele está à frente da Faculdade de Saúde Avançada, que conta com mais de 30 mil alunos pelo mundo. A instituição se destaca por desenvolver e acompanhar profissionais de saúde com formações em Nutrição Funcional. Além disso, ela conta com um colágeno de desenvolvimento próprio com uma fórmula premium que oferece saúde em estética.
@giselehedler


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