Iniciativa apoiada pela Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS) chama a atenção para que tabus em relação ao assunto sejam quebrados
No
próximo dia 3 de setembro, a cidade de Porto Alegre sediará evento de
sensibilização acerca da importância do cuidado com a saúde psíquica. A
Caminhada Setembro Amarelo, organizada de forma conjunta pela Câmara Municipal
de Porto Alegre, Prefeitura de Porto Alegre, Associação Médica do Rio Grande do
Sul (AMRIGS), Conselho Regional de Medicina do RS (CREMERS), Sindicato Médico
do RS (SIMERS) e Associação de Psiquiatria do Rio Grande do Sul (APRS), visa
convidar a comunidade a se unir a favor dessa causa. O local escolhido é o
Monumento do Expedicionário, situado no Parque da Redenção. A programação
inicia às 9h, com uma mobilização preparatória para a caminhada, que está
prevista para começar às 15h.
O
Setembro Amarelo representa um movimento global de conscientização sobre a
saúde mental, buscando desmistificar o assunto e disseminar informações que
possam prevenir o suicídio. A representação da AMRIGS no evento ressalta a
importância de reconhecer que a saúde mental é um componente integral do
bem-estar humano, merecendo a devida atenção e cuidado em um mundo cada vez
mais complexo e desafiador.
“O
impacto da saúde mental se estende por todas as áreas de nossa vida - desde o
desempenho no trabalho até as relações com a família e a comunidade”, afirma o
vice-presidente da AMRIGS, Dr. Paulo Morassutti.
Na perspectiva de Guilherme Napp, diretor Científico e Cultural da AMRIGS, a conscientização desempenha um papel fundamental na eliminação dos estigmas e preconceitos frequentemente ligados às questões psicológicas.
“Na
AMRIGS, nos comprometemos a promover a conscientização sobre a saúde mental
entre os profissionais da área da saúde, pacientes e a comunidade em geral.
Reconhecemos que médicos, enfermeiros e outros trabalhadores da área enfrentam
desafios emocionais e psicológicos ao longo de suas trajetórias, sendo crucial
criar um ambiente onde possam buscar auxílio sem o medo de
estigmatização", afirmou.
O
suicídio se configura como um grave problema de saúde pública no Brasil,
demandando atenção e esforços colaborativos. Segundo o Ministério da Saúde, em
2020 foram registrados 13.736 óbitos por suicídio no país, refletindo uma taxa
de 6,7 casos por cada 100 mil habitantes. Esses dados ressaltam a urgência de
ações voltadas para conscientização, prevenção e apoio emocional, sublinhando a
relevância de iniciativas como o Setembro Amarelo, que estimulam diálogos
abertos e enfrentam o estigma relacionado à saúde mental.
Marcelo
Matusiak
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