Educadores e Profissionais de Saúde: Não se Apressem em Rotular. Redobrem a Atenção para o Hiperdiagnóstico do TDAH
Se você acha que seu filho pode ter TDAH, saiba que
o ideal é buscar um diagnóstico diferencial. Nem tudo é TDAH, e é fundamental
considerar outros fatores antes de chegar a essa conclusão.
A Dra. Gesika Amorim, especialista
renomada em saúde mental e neurodesenvolvimento infantil, destaca a importância
de um diagnóstico diferencial cuidadoso antes de rotular uma criança com TDAH.
Nem sempre a hiperatividade é um indicativo desse transtorno, sendo fundamental
considerar outros fatores que podem estar contribuindo para essas
manifestações.
Por exemplo, crianças que
vivenciam situações de maus-tratos, dificuldades escolares ou bullying podem
apresentar sintomas de hiperatividade como uma forma de expressar seu
sofrimento. É imprescindível lembrar que existem outros transtornos
comportamentais e de aprendizagem que podem imitar o comportamento hiperativo,
tornando o diagnóstico diferencial ainda mais crucial – explica a Dra. Gesika Amorim.
O contexto atual de retorno às aulas após um longo
período de isolamento social também contribui para o aumento dos diagnósticos
de TDAH entre os alunos. Crianças que enfrentam dificuldades em se readaptar à
rotina escolar podem apresentar comportamentos hiperativos, deixando pais e
professores preocupados. Nesse momento, é importante oferecer suporte e
compreensão, buscando alternativas que respeitem o bem-estar das crianças.
Como eu já havia dito antes,
ou seja, que isso acabaria acontecendo, hoje podemos constatar sobre o problema
do retorno as aulas pós pandemia e o excesso de diagnóstico de TDAH entre os
alunos. Reafirmo, nem tudo é TDAH, da mesma forma que nem sempre é a Ritalina
que deverá ser usada para tratar a criança; ela é a principal droga para o
tratamento. Para um TDAH clássico, isolado, sem comorbidade, Ritalina é uma boa
escolha, mas nem sempre o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
está isolado, podendo existir comorbidades – Alerta a
Dra. Gesika Amorim.
Conclusão:
Diante do hiperdiagnóstico do TDAH, é fundamental
agir com cautela e buscar um diagnóstico diferencial adequado. Crianças não
devem ser rotuladas de maneira indiscriminada, e todas as possibilidades devem
ser exploradas antes de chegar a uma conclusão final.
As avaliações do TDAH são
médicas, desenvolvimentais, educacionais e psicológicas abrangentes para o
diagnóstico, além de avaliação e tratamento de transtorno de déficit de
atenção/hiperatividade em crianças e adolescentes. É preciso estar alerta! Por
isso é necessário um especialista com experiência para um diagnóstico
diferencial – Afirma a Dra. Gesika Amorim.
A conscientização sobre o hiperdiagnóstico do TDAH
é crucial para garantir que as crianças recebam o tratamento e o acompanhamento
adequados, respeitando suas necessidades individuais. Juntos, profissionais,
pais e educadores podem promover um ambiente de aprendizagem saudável e
acolhedor para todas as crianças.
Dra Gesika Amorim - Mestre em Educação médica, com Residência Médica em Pediatria, Pós Graduada em Neurologia e Psiquiatria, com formação em Homeopatia Detox (Holanda), Especialista em Tratamento Integral do Autismo. Possui extensão em Psicofarmacologia e Neurologia Clínica em Harvard. Especialista em Neurodesenvolvimento e Saúde Mental; Homeopata, Pós Graduada em Medicina Ortomolecular - (Medicina Integrativa) e Membro da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil.
https://dragesikaamorim.com.br
Insta: @dragesikaautismo
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