A atenção com a saúde mental e os cuidados com o bem-estar psicológico não se prendem mais apenas às paredes de um hospital ou consultório. A partir do avanço da medicina contemporânea, pacientes e familiares podem optar pela internação psiquiátrica domiciliar, que oferece um serviço médico e psiquiátrico in loco, priorizando um suporte mais humanizado. No entanto, apesar de já consolidado em outros países, este tipo de atendimento ainda causa dúvidas quanto a sua realização.
Com esse panorama em vista, Dra. Lara Santiago,
diretora da Kefi saúde, empresa referência em home care em
Fortaleza, esclarece alguns mitos e verdades acerca da internação psiquiátrica
domiciliar.
A internação psiquiátrica
domiciliar é uma alternativa segura e eficaz?
É um mito considerar a internação psiquiátrica
domiciliar como algo perigoso ou menos eficaz do que a internação em hospitais
especializados. Na realidade, quando criteriosamente indicada, a internação
domiciliar pode oferecer um ambiente mais acolhedor e menos estigmatizante, o
que favorece o bem-estar do paciente durante o tratamento.
A internação psiquiátrica
domiciliar é indicada apenas para casos leves?
A internação psiquiátrica domiciliar não se limita
a casos leves. De acordo com a Dra. Lara, a escolha entre internação domiciliar
e hospitalar depende da avaliação individual do paciente. Casos moderados a
graves, desde que estejam dentro de critérios específicos, também podem ser
tratados com sucesso no ambiente domiciliar, com acompanhamento e monitoramento
adequados.
A internação psiquiátrica
domiciliar substitui totalmente a internação hospitalar?
Esse é um dos mitos mais comuns sobre o assunto. De
acordo com Dra. Lara, em alguns casos, a internação domiciliar pode ser uma
alternativa viável à hospitalização, mas não é uma substituição para todos os
casos. Certas situações ainda exigem o ambiente controlado e a estrutura
hospitalar, enquanto outras podem se beneficiar do cuidado domiciliar. A
decisão é tomada com base nas necessidades individuais do paciente.
A família pode se envolver
mais no processo de tratamento na internação domiciliar?
Verdade! O tratamento psiquiátrico domiciliar envolve
a participação ativa da família do paciente. Dra. Lara ressalta ainda que o
apoio e o acolhimento familiar são fundamentais para o sucesso do tratamento,
já que proporcionam um ambiente mais estável e seguro ao paciente, favorecendo
sua recuperação.
A internação psiquiátrica
domiciliar não requer a atuação de profissionais multidisciplinares na atenção
domiciliar?
Mito. Uma Equipe de atendimento domiciliar pode ser
composta por outros profissionais além de médico psiquiatra, psicólogo e
enfermeiro. Pode haver a necessidade de acompanhamento de outras especialidades
como fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, terapeutas ocupacionais,
técnicos de enfermagem e afins. Dra. Lara pontua que não necessariamente um
paciente terá todos estes atendimentos, e reforça que é necessário ter a
avaliação de um profissional capacitado para que um plano de atendimento
domiciliar seja elaborado de forma personalizada de acordo com as necessidades
de cada um.
Kefi Saúde
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