A doença se
manifesta de forma silenciosa e maioria dos casos não são diagnosticados
No dia 28 de julho, comemora-se o Dia Mundial de
Luta Contra as Hepatites, uma data de extrema relevância que busca
conscientizar a população sobre essa doença que afeta milhões de pessoas em
todo o mundo. Neste contexto, o Hospital Santa Cruz/Rede D'or (HSC) reforça a
importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado para
combater as hepatites virais e suas complicações.
A hepatite é um tipo de inflamação do fígado que
pode ter diferentes causas. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil foram
notificados 718.651 casos confirmados de hepatites virais, entre 2000 e 2021.
Desses, 23,4% correspondem a hepatite A, 36,8% a hepatite B e 38,9% a hepatite
C. Os óbitos relacionados à hepatite C são a principal causa de morte entre as
hepatites virais. Porém, o ministério estima que a quantidade de casos ainda
não identificados chegue a dobrar os números.
O gastroenterologista, Dr. Carlos Eduardo Gomes
Callegari, credenciado no HSC, explica que existem diferentes tipos de
hepatite, sendo os mais comuns a hepatite A, B e C. O tipo A é contraído a
partir de alimentos ou água contaminadas com o vírus da hepatite. Enquanto a B
a transmissão é por via sexual e contato com sangue contaminado. Já a hepatite
C, a principal via de transmissão é por sangue contaminado.
Diagnóstico e prevenção
Nos estágios iniciais a hepatite é uma doença
silenciosa, porém quando se manifesta com mais intensidade, o paciente pode
apresentar mal-estar, fadiga, febre, enjoo, vômitos, pele e olhos com coloração
amarelada e urina de cor escura. Caso o paciente tenha alguns desses sintomas,
para realizar um diagnóstico preciso, o gastroenterologista afirma que é
preciso realizar exames laboratoriais que comprovem a presença do vírus no
organismo.
A prevenção das hepatites virais envolve medidas
simples, como evitar o consumo de alimentos e água de procedência duvidosa,
lavar bem as mãos, praticar relações sexuais protegidas e não compartilhar
objetos perfurocortantes. Além disso, grupos de risco, como moradores de rua,
profissionais de saúde, pessoas que receberam transfusão sanguínea antes de
1994, indivíduos com tatuagens e compartilhadores de objetos perfurocortantes,
devem ser testados obrigatoriamente para hepatite B e C.
"A hepatite A geralmente cura-se
espontaneamente, mas há alguns casos em que há necessidade de internamento para
melhor controle dos sintomas e observação minuciosa com exames laboratoriais
diários. No caso da hepatite B pode ser controlada por meio de medicamentos via
oral que suprimem a replicação do vírus e evitam que haja danos ao fígado. E o
tipo C pode ser tratada com medicamentos via oral e possui uma taxa de cura
altíssima, acima de 90%", declara Callegari.
O médico ainda destaca que todo o atendimento é
oferecido pelo HSC, há também vacinas disponíveis para o tipo A e B, e após a
avaliação médica e, se necessário, são prescritos medicamentos para controle da
hepatite. “Nos últimos dez anos tivemos grandes avanços em relação ao
tratamento das hepatites virais, com medicações mais modernas, com menos
efeitos colaterais e com maior taxa de cura”, finaliza.
Hospital Santa Cruz
www.hospitalsantacruz.com
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