terça-feira, 27 de junho de 2023

Jovens influenciadores: Senac São Paulo dá dicas de como aproveitar essa possibilidade de carreira e quais cuidados tomar

Com um universo de possibilidades na palma da mão, a internet como uma chance de trabalho, precisa de um acompanhamento da escola e família


Se antes os sonhos dos jovens eram se tornar jogadores de futebol ou ambicionar uma carreira artística, hoje muitos aspiram “bombar” na internet. Seja como streamers de games, influenciadores de diversas vertentes ou produtores de conteúdos, o mundo digital se mostra uma saída muito mais acessível e rapidamente lucrativa, além de imprimir uma dose de glamour que nem sempre existe.

 

Independentemente de alcançar o desejado sucesso nas redes, o esforço de se tornar um grande nome nas plataformas exige uma série de habilidades que podem ser desenvolvidas e aproveitadas não apenas para essas profissões, mas que são igualmente importantes para o mundo do trabalho de maneira geral. O que não vale é deixar de lado o rendimento escolar, não é verdade?

 

Para a coordenadora de Projetos Educacionais do Senac São Paulo, Fernanda Yamamoto, o espírito empreendedor e a comunicação podem ser determinantes para uma futura carreira de sucesso, seja dentro ou fora do ambiente on-line. “As tentativas de construir esse tipo de carreira pode ajudar os jovens a desenvolver a clareza na transmissão de ideias, estudo de público, construção de marca pessoal, análise de negócio, busca de oportunidades e monetização, gestão do negócio e engajamento, interação, relacionamento com seguidores, capacidade de lidar com críticas e exposição. Isso tudo nada mais é do que o arcabouço de uma experiência empreendedora”, resume.

 

Além dessas características, ainda podem ser citadas as capacidades técnicas, uma vez consideradas todas as interações com tecnologias e criatividades em usá-las a favor da criação de conteúdo, como aparelhos – computadores, tablets e smartphones – e softwares de edição de vídeo, programação, utilização de tantos outros programas e aparatos específicos que fazem com que esses jovens busquem formações tipicamente requeridas para essas produções de forma autodidata ou até mesmo permitindo que expandam seus horizontes por meio de cursos paralelos.

 

Nem tudo são flores...

Ainda que nas publicações e lives a vida na internet pareça ser fácil e glamourosa, é preciso entender que é preciso muito trabalho, dentro e fora das câmeras, para conquistar objetivos – e principalmente, que eles sejam possíveis de acordo com o nível de crescimento. “Tanto a família quanto a escola têm um papel crucial em ajudar o jovem a manter um bom desempenho acadêmico e uma boa saúde mental, independentemente do sucesso ou fracasso de uma carreira nas redes sociais. É essencial um canal de comunicação aberto e apoio emocional. É primordial garantir que o aluno ou aluna compreenda a importância de equilibrar suas responsabilidades acadêmicas e suas atividades on-line, e ajudá-lo a definir prioridades”, pontua Fernanda.

 

Outra preocupação que deve ser levantada é no que diz respeito à lei e o trabalho infanto-juvenil. No Brasil, a legislação trabalhista estabelece regras específicas para atividades laborais de adolescentes. Segundo a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), jovens entre 14 e 18 anos podem trabalhar, desde que sejam respeitadas algumas condições e restrições. 

 

No caso de atividades como influenciadores, criadores de conteúdo ou outras atividades remuneradas, não é necessária a emancipação do adolescente para desenvolver essas atividades, mas sim um alvará judicial autorizando o trabalho. “É importante consultar um advogado especializado em direito do trabalho ou buscar informações junto aos órgãos competentes para obter orientações mais precisas sobre as condições de trabalho para adolescentes”, considera a coordenadora.

 

#FicaaDica para quem quer empreender na internet

Quer explorar esse universo de possibilidades, mas não sabe por onde? A principal dica é pesquisar bastante e não abrir mão dos estudos, mesmo que tudo dê certo! Fernanda Yamamoto ainda listou outras dicas legais para quem está começando ou deseja dar uma virada de jogo para movimentar os trabalhos on-line:

 

- Público-alvo: é importante identificar para quem você quer falar – o que é chamado nicho – e definir o seu público-alvo, procurando entender suas necessidades e criar uma proposta de valor bastante singular. Com este foco, é possível aumentar as chances de se destacar em um mercado competitivo.

 

- Conteúdo de qualidade: para atrair e engajar seu público, é importante proporcionar informações relevantes, úteis e interessantes por meio de artigos, vídeos, podcasts ou outros formatos adequados ao seu segmento. Isso ajuda a se consolidar na área, atrair seguidores e estabelecer relacionamentos duradouros com a audiência.

 

- Monetização: monetizar é essencial para um negócio on-line. Com a consolidação do negócio, é necessário conhecer as métricas de performance, determinar metas realistas, considerar opções como a venda de produtos ou serviços, a criação de parcerias com marcas relevantes e consolidadas, a participação em programas de afiliados ou a monetização de conteúdo por meio de publicidade.

 

- Planejamento estratégico: a partir da definição dos objetivos e estabelecimento de metas mensuráveis, é importante desenvolver uma estratégia clara para alcançá-las, considerando o modelo definido para o negócio, assim como orçamento e recursos necessários.

 

- Presença estruturada e profissional: para a construção de uma presença on-line sólida, redes sociais e outras plataformas possuem contas profissionais com ferramentas disponibilizadas ao usuário padrão, como detalhamento de acesso, anúncios e criação de publicações.



Senac
https://campanhas.sp.senac.br/quer-saber-senac/index.html


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