Falta de ar que
aparece de repente e se agrava diante de um esforço físico, tontura, desmaio e
dores ou inchaço nas pernas estão entre os principais sintomas que precisam ser
observadosArquivo Dr. Fabio Rossi
Divulgação
A Embolia Pulmonar acontece quando uma ou mais
artérias do pulmão estão obstruídas por um coágulo de sangue que impede a sua
passagem, dificulta a sua oxigenação e provoca sobrecarga do coração. A doença
pode acontecer em qualquer ciclo da vida, tanto nos homens como nas mulheres, e
passa a ser mais frequente com o avançar da idade.
Na maioria das vezes, a Embolia Pulmonar é
provocada por coágulos sanguíneos que se formam em veias das pernas e, em
alguns casos mais raros, na cavidade pélvica ou abdominal. Uma outra forma,
ainda muito mais rara, é a embolia gordurosa, ou gasosa, que ocorre
principalmente no trauma, ou em cirurgias de grande porte na pelve ou nas
pernas.
Conforme o cirurgião vascular e presidente da
Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular da Regional São Paulo
(SBACV-SP), Dr. Fabio Rossi, o fator principal que deve ser considerado é que a
doença apresenta alta prevalência. “Em países ocidentais, de um a três casos a
cada 1.000 habitantes por ano são acometidos pela Trombose Venosa Profunda
(TVP) dos membros inferiores, que é responsável pela Embolia Pulmonar. Hoje, o
tromboembolismo venoso é a terceira causa de morte cardiovascular, ficando
atrás apenas do Infarto Agudo do Miocárdio e do Acidente Vascular Cerebral.
Além disso, é a primeira causa de morte evitável em pacientes internados,”
afirma Dr. Fabio.
A Embolia Pulmonar pode ser oligossintomática, ou
seja, inicialmente os sintomas talvez sejam mais leves, e não chamam tanta a
atenção, o que representa um grande perigo, pois podem ser confundidos com
outras patologias, como gripe e pneumonia, e o tratamento acaba não sendo
adequado. Nos casos mais graves, ainda é confundida também com o Infarto Agudo
do Miocárdio, o que é um problema ainda mais sério, porque o tratamento do
Infarto é muito diferente, e a demora no diagnóstico correto da doença é capaz
de levar o paciente ao óbito.
Qualquer pessoa corre o risco de desenvolver
coágulos sanguíneos, mas existem alguns fatores que fazem com que isso aconteça
com mais facilidade:
- Longos
períodos de imobilidade, como viagens de avião, de carro, ônibus, trens,
acima de quatro horas, e também em pessoas que trabalham muito tempo em
uma única posição, em pé ou sentado.
- Distúrbios
hereditários que afetam o sangue, tornando-o mais propenso a coagular,
história de trombose ou embolia na família.
- Tratamentos
médicos: insuficiência cardíaca, câncer, quimioterapia, cirurgias em
geral, principalmente de grande porte que exigem internação, e repouso
prolongado. O risco aumenta quando o paciente fica entubado na UTI.
- Permanecer
por muito tempo deitado após uma cirurgia e fratura na região das pernas.
- Durante
a gestação, devido às alterações hormonais e também com o peso do bebê que
pressiona as veias na pelve e retarda o retorno do sangue e, em alguns
casos, provocar a trombose.
- Tabagismo,
obesidade e uso crônico de anticoncepcionais.
“A pessoa com Embolia Pulmonar precisa ser
socorrida logo que apresentar os primeiros sintomas. O quanto mais rápido for
feito o diagnóstico, melhor. O tratamento é realizado por meio do uso de
anticoagulantes, que evita que o trombo aumente de tamanho e que se desprenda e
se desloque pela corrente sanguínea, se alojando no pulmão”, alerta o médico.
Principais sintomas que devem ser observados:
- Falta
de ar que aparece de repente e agrava diante de um esforço físico.
- Dor no peito confundida com um ataque cardíaco. Geralmente há piora
- diante de uma tosse, espirro ou esforço.
- Tosse
acompanhada de escarro com sangue.
- Dores
ou inchaço nas pernas.
- Febre
e suor excessivo.
- Batimento
cardíaco acelerado ou palpitação.
- Tontura
e desmaio.
Em 25% dos casos, que acontece nas embolias
volumosas, a primeira manifestação é a parada cardíaca e o óbito. Por isso, o
socorro imediato é extremamente importante.
Ainda conforme o médico, em pacientes internados e
de alto risco é indicado o uso de anticoagulantes em baixa dosagem, chamados de
profiláticos, que evitam a formação do trombo. Isso deve sempre ser feito com
supervisão médica rigorosa, pois esses medicamentos evitam a formação de
trombos e coágulos, mas também é possível induzir ao sangramento. Nos casos em
que é feito o diagnóstico, devem ser administrados anticoagulantes em doses
mais altas o mais rápido possível. Em quadros mais graves, que existe
repercussão hemodinâmica, ou seja, hipotensão e choque cardiogênico, pode ser
necessário o uso de medicamentos trombolíticos, que têm o poder de dissolver o
coágulo, ou até mesmo de cateterismo e uso de dispositivos que têm a capacidade
de aspirar o coágulo.
Nos casos de trombose e Embolia Pulmonar crônica,
ou naqueles em que acontecem múltiplos episódios de recidiva, podem surgir a
Hipertensão Pulmonar, o que prejudica muito a capacidade cardiopulmonar e traz
limitações e piora irreversível na qualidade de vida.
“A melhor prevenção envolve a educação de todos os
profissionais da saúde sobre quais são os fatores de risco e o alerta sobre a
importância do diagnóstico precoce. Ao paciente, devemos recomendar um estilo
de vida saudável, que inclui dieta equilibrada, com alimentação rica em
vegetais e pobre em gorduras, evitar o hábito do tabagismo, praticar exercícios
físicos regulares e controlar o peso. É importante que ele esteja ciente de
todos os sinais da Embolia Pulmonar e que procure o atendimento médico vascular
imediatamente, para que o tratamento inicie o mais rápido possível”, orienta
Dr. Fabio Rossi.
A SBACV-SP tem como missão levar informação de
qualidade sobre saúde vascular para toda a população. Para outras informações
acesse o site e siga as redes sociais da
Sociedade (Facebook e Instagram).
Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP
www.sbacvsp.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário