Implantar novas tecnologias é um processo
desafiador para qualquer tipo de empresa ou negócio, independentemente do setor
ou porte. Quando pensamos no varejo, a rotina intensa e o vínculo direto com o
consumidor são fatores que tornam esse processo ainda mais desafiador, porém
também bem mais necessário. Atualmente, uma quantidade assustadora de dados
está disponível para os varejistas, mas eles não são aproveitados da melhor
forma. Saber utilizar essas informações de maneira inteligente e eficaz pode
aumentar a produtividade e rentabilidade do negócio, assim como promover a
fidelização de clientes.
Hoje em dia, a inteligência de dados já é fator
fundamental para o sucesso no varejo. Sinto-me confortável a dizer, inclusive,
que as empresas que não conseguirem acompanhar a concorrência e atender às
expectativas dos consumidores ficarão para trás, até porque os impactos da
ausência de inteligência de dados no negócio podem ser bastante significativos.
Em primeiro lugar, sem uma análise adequada dos
dados, as empresas correm o risco de perder oportunidades de negócio e de não
tomar decisões mais assertivas. Isso pode levar a perda de eficiência e redução
de rentabilidade das mais diversas etapas, como desde o processo de compra, de
abastecimento até o de venda.
Outro ponto fundamental é como a falta de
conhecimento sobre os clientes pode levar as empresas a perderem oportunidades
de fidelização, de vendas adicionais ou até mesmo de captação de novos
consumidores. Atualmente, os clientes já esperam que as marcas conheçam suas
necessidades e interesses e ofereçam experiências personalizadas e relevantes.
Sem uma compreensão profunda dos dados dos clientes, as organizações não
conseguirão atender a essas expectativas e não vão conseguir gerar o
encantamento necessário para fechar uma venda ou fidelizar esse freguês.
Além disso, a ausência de capacidade de analisar e
agir sobre os dados pode fazer com que as empresas percam a eficiência e
produtividade. Sem uma análise adequada, as marcas podem gastar mais tempo e
dinheiro com atividades ou produtos improdutivos, deixando de lado
oportunidades mais rentáveis.
Tecnologia veio para ficar
Mesmo diante de todos esses riscos, ainda é bem
perceptível que existe uma certa resistência por parte dos varejistas na hora
de buscar ou adotar tecnologias para alavancarem suas vendas. Inicialmente,
acredito que esse receio parta de duas razões: a falta de
conhecimento/confiança na nova tecnologia e o custo de operação.
O primeiro desses motivos é mais facilmente
contornável. Além do sucesso do concorrente já chamar a atenção a ponto de
superar a desconfiança, hoje em dia essas tecnologias estão cada vez mais
intuitivas e fáceis de usar, o que torna o processo de adaptação muito mais
simples. Por outro lado, simples não quer dizer barato. É verdade que a
implementação de novas ferramentas pode exigir um investimento, mas é
importante lembrar que o retorno esperado passa pela melhoria da eficiência, da
produtividade e da rentabilidade da empresa.
Para se ter uma ideia desse impacto, peguemos o
exemplo do CRM (Customer Relationship Management). Cada vez mais popular, essa
ferramenta possibilita gerenciar dados dos clientes, como histórico de compras,
preferências, comportamentos de compra e outros detalhes relevantes. Com essas
informações em mãos, o varejista pode personalizar suas ofertas e comunicações,
proporcionar uma experiência única para cada consumidor e aumentar a chance de
vendas e fidelização.
Outra forma de utilizar os dados é analisar as
tendências de compra e padrões de comportamento dos seus clientes para ajustar
seu estoque e oferta de produtos, otimizando a rentabilidade e a produtividade.
Por exemplo, se você perceber que certo produto tem alta demanda em um
determinado período do mês, o varejista pode se programar com antecedência para
garantir um estoque assertivo e proporcional às vendas.
Até porque, é importante ressaltar que o preço é
fundamental, mas está longe de ser o único atributo que o cliente considera na
hora de escolher onde comprar. A qualidade do atendimento, a variedade de
produtos, a conveniência e a experiência de compra também são fatores
importantes que podem fazer a diferença. Por isso, investir em inteligência de
dados pode ajudar o varejo a conhecer melhor seu consumidor e oferecer a ele
uma experiência personalizada e diferenciada, garantindo resultados
expressivos.
Para finalizar, é importante lembrar que a análise
de dados não é uma solução mágica para todos os problemas de negócios. No
entanto, está cada vez mais claro que essa é uma ferramenta valiosa e essencial
para tomadas de decisões mais informadas e direcionadas, aumentando suas
chances de sucesso no mercado competitivo de varejo. Até porque, os dados
muitas vezes podem ser o diferencial necessário para um negócio de sucesso.
Carlos Wayand - CEO da
Mob2Con, principal plataforma de inteligência de dados para
a eficiência operacional do varejo.
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