Cardiologista faz recomendações por ocasião do
Dia Nacional de Prevenção e Combate à doença
A hipertensão arterial é uma doença crônica, caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão do sangue nas artérias, que, no limite, pode levar a hemorragias, infarto e óbito, se não for controlada. Nos últimos três meses, mais de 50% dos casos atendidos pela área de Cardiologia do Seconci-SP (Serviço Social da Construção) revelaram que os pacientes tinham a doença. Isso reforça a necessidade de todos os trabalhadores da construção e as pessoas em geral fazerem os exames preventivos, mesmo que não tenham sintomas.
A recomendação é do dr. George Fernandes Maia, cardiologista do
Seconci-SP, por ocasião do Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão
Arterial (26 de abril). Segundo ele, recente inquérito populacional mostrou a
prevalência, no Brasil, de hipertensão entre 35,8% dos homens e 30% das
mulheres, percentuais semelhantes aos dos níveis mundiais.
Sintomas e causas
Entre os sintomas, estão tonturas, dores de cabeça e um mal-estar como se a pessoa se sentisse andando nas nuvens. Entretanto, o paciente pode não apresentar sintoma algum. Daí a importância de, detectada a hipertensão, ele tomar sempre a medicação e fazer um acompanhamento ambulatorial no mínimo a cada seis meses, como se faz no Seconci-SP.
O cardiologista explica que o trabalhador com hipertensão, quando esta não estiver controlada, não pode trabalhar em altura, sob risco de queda, nem carregar excesso de peso. “Ele precisa vir ao Seconci-SP, mesmo sem sintomas. As consultas periódicas são importantes e preventivas, e aqui fazemos a maioria dos exames, o acompanhamento e orientamos sobre a prevenção”, afirma.
Entre as causas e fatores que contribuem para a hipertensão,
estão: faixa etária acima de 60 anos (atingindo mais de 60% destas pessoas),
maior percentual entre homens até 50 anos e entre mulheres após essa idade
(negras em sua maioria), excesso de peso (com maior prevalência desde idades
jovens), ingestão aumentada de sal, sedentarismo, prevalência entre indivíduos
de menor escolaridade e estilo de vida pouco saudável, fatores genéticos e
casos na família, síndromes metabólicas, diabetes, anomalias nos níveis de lipídios
(gordura) no sangue, alterações no funcionamento da tireóide,
problemas renais e doenças cerebrais-vasculares.
Diagnóstico
De acordo com o dr. Maia, o diagnóstico inclui medição da pressão arterial, em ao menos três ocasiões no consultório médico, com equipamento adequado. A hipertensão será caracterizada se a pressão sistólica (nos vasos sanguíneos, quando o coração se contrai) for igual ou maior que 140 mmhg (medida de pressão) e/ou a pressão diastólica (quando o coração relaxa) for igual ou maior que 90 mmhg. Se a pressão for monitorada em casa ou no trabalho, a medição igual ou maior que 130X90 mmhg caracterizará hipertensão.
O diagnóstico também inclui exames de laboratório,
eletrocardiograma, ecocardiograma, teste ergométrico,
raio X de tórax, ultrassonografias de carótidas e vertebrais. Todos estes
exames podem ser feitos no Seconci-SP. Além destes, também há a monitorização
ambulatorial de pressão arterial (Mapa), pela qual as variações da pressão são
avaliadas mediante um aparelho preso ao corpo da pessoa por 24 horas.
Prevenção e tratamento
Para prevenir ou controlar a doença, o dr. Maia aconselha: mudar o estilo de vida, realizar atividades monitoradas de condicionamento físico de no mínimo 40 minutos (por dia ou a cada dois dias, e não apenas as atividades domésticas), controlar o peso, reduzir a ingestão de sal e de café, deixar de beber álcool e de fumar, dormir em torno de 8 horas por dia, controlar o estresse psicossocial, e não deixar de tomar os medicamentos prescritos.
A hipertensão
pode ser leve, moderada ou severa, e para cada uma há um tratamento específico,
conclui o especialista.
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