O coordenador do curso de Medicina do Centro Universitário São Camilo e médico do Esporte, Raphael Einsfeld explicou sobre os benefícios para quem tem hipertensão arterial
A prática de exercício físico regular e contínuo
reduz os picos de pressão arterial, uma doença crônica que pode levar a
complicações graves como problemas cardiovasculares, derrames e insuficiência
renal. O coordenador do curso de Medicina do Centro Universitário São Camilo e
médico do Esporte, Raphael Einsfeld explica que a prática de atividades
físicas tem sido apontada como uma das medidas mais eficazes para prevenir e
controlar a doença. Segundo ele, com apenas oito semanas ininterruptas de
atividades aeróbicas ou de força e hipertrofia são alcançados
resultados positivos para saúde .
“Em relação a hipertensão, os estudos
tem mostrado uma queda de até 10mmHg na pressão sistólica em repouso e de até 5
mmHg de redução na pressão diastólica de repouso. Contudo, tem-se notado que,
para aqueles amantes da musculação, quanto maior a sobrecarga e fadiga muscular
(ir até o limite) maior o benefício”, afirmou. Ele reforçou a importância de
procurar um cardiologista ou médico do esporte antes de fazer qualquer
atividade física ou de aumento de intensidade de seu treinamento.
De acordo com Dr. Raphael Einsfeld, os
hipertensos que seguem rigorosamente as recomendações de prática de atividade
física apresentam redução de 27% a 50% no risco de mortalidade. “Quando falamos
em redução do risco cardiovascular, invariavelmente estamos tratando de
comorbidades associadas, como tabagismo, diabetes, obesidade,
sedentarismo, colesterol elevado, apneia obstrutiva do sono hipertensão
arterial, entre outras.
UM estudo publicado no Journal of
Hypertension mostrou que combinar a prática de exercícios físicos e
a redução do consumo de sal pode ter um efeito sinérgico
Dados da Organização Mundial da Saúde
-OMS – informam que a hipertensão arterial afeta cerca de um bilhão de
pessoas em todo mundo e por ano, é causadora de mais de nove milhões de
mortes e no Brasil, estima-se que 30% da população adulta é hipertensa.
No país, a doença se tornou um caso de saúde pública, sendo responsável por
mais de 50% dos casos de infarto agudo do miocárdio e de acidente vascular
cerebral (AVC).
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