De repente, a vida me obrigou a fazer uma parada inesperada e
abrupta, que me assustou, acordou e sacodiu em meio à agenda cheia, reuniões,
tarefas, aulas na universidade, projetos, pesquisas, trabalhos, compromissos
até então inadiáveis, muito estresse e ansiedade, situações vividas e não
assimiladas, não agradecidas, desagrados, situações não esquecidas.
Foi nesse redemoinho que arrastava minha mente para os sentimentos
e emoções mais sombrias e desesperadoras, que me lembrei de uma técnica que me
haviam ensinado. Antes, havia lido muito a respeito, porém, a mente racional de
quem se aplicou por muitos anos sobre os estudos de filosofia, me impediu de
crer que palavras tão singelas pudessem levar a níveis de transformações tão
profundas. Estava equivocada.
Naquele momento de ceticismo, meus argumentos cederam
lugar a essa técnica que até então era uma incógnita. Me debrucei sobre ela
como uma tábua de salvação. Recitava aquele mantra ao longo do dia e nos longos
períodos de insônia, e foi assim que a surpresa positiva sobreveio à minha
vida.
Conto essa história em meu livro recém-lançado “33 Mantras para
cocriar”, em que indico mantras para diferentes contextos do cotidiano.
O que há em mim que provocou esse estado? Que memórias e
pensamentos repetitivos criaram essa realidade? Essas eram as perguntas que
sempre fazia antes de recitar o mantra. Em um primeiro momento, tive muita
dificuldade de me concentrar e repetir aquelas simples e poucas palavras.
Insisti e persisti.
Como não tinha outra ocupação além de ser medicada no quarto do
hospital, fui repetindo mentalmente as palavras, muitas vezes acompanhadas de
um choro compulsivo, sofrido, mas, seguia em frente com confiança. E me
surpreendi e deparei em poucos dias com uma profunda sensação de paz e com uma
serena certeza de que havia mais possibilidades.
A memorável técnica em questão se chama mantra, palavras de poder.
Sou profundamente grata, pois, me permitiu acessar um lugar em mim mesma de
mais paz, poder e brilho que até então, eram praticamente desconhecidos.
Um mantra que repeti incansavelmente foi o ho’oponopono. Estas
palavras repetidas uma e outra vez, com consciência, proporcionam experiências
de perdão, gratidão, amor incondicional. Devolve um senso de paz, possibilita a
reconciliação, a sabedoria de viver, nos ajuda a assumir aquele lugar que é
nosso, através do processo de reconstituição e criação.
Deixo aqui algumas dicas: Dissolva a dor emocional causada pela
raiva, medos, culpa ou ressentimento. Encontre a certeza em momentos de
incerteza. Sinta-se protegido, seguro e apoiado quando confrontado com um
desafio. Encontre o perdão para si mesmo e outros. Perceba-se conectado à sua
essência para seguir o teu verdadeiro propósito. Crie uma vida que reverbere o
teu potencial interior. Inclua os mantras em sua vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário