sábado, 1 de abril de 2023

Mantras: quando é possível acessar todo o seu ser


Minha vivência e início de uma busca aprofundada de conhecimento e prática das técnicas associadas aos mantras surgiu após um anúncio de morte: o médico me disse que eu iria morrer. O profissional da saúde não sabia o que mais fazer após a segunda intervenção cirúrgica em apenas 15 dias, com altas doses de medicação.

De repente, a vida me obrigou a fazer uma parada inesperada e abrupta, que me assustou, acordou e sacodiu em meio à agenda cheia, reuniões, tarefas, aulas na universidade, projetos, pesquisas, trabalhos, compromissos até então inadiáveis, muito estresse e ansiedade, situações vividas e não assimiladas, não agradecidas, desagrados, situações não esquecidas.

Foi nesse redemoinho que arrastava minha mente para os sentimentos e emoções mais sombrias e desesperadoras, que me lembrei de uma técnica que me haviam ensinado. Antes, havia lido muito a respeito, porém, a mente racional de quem se aplicou por muitos anos sobre os estudos de filosofia, me impediu de crer que palavras tão singelas pudessem levar a níveis de transformações tão profundas. Estava equivocada.
Naquele momento de ceticismo, meus argumentos cederam lugar a essa técnica que até então era uma incógnita. Me debrucei sobre ela como uma tábua de salvação. Recitava aquele mantra ao longo do dia e nos longos períodos de insônia, e foi assim que a surpresa positiva sobreveio à minha vida.

Conto essa história em meu livro recém-lançado “33 Mantras para cocriar”, em que indico mantras para diferentes contextos do cotidiano.

O que há em mim que provocou esse estado? Que memórias e pensamentos repetitivos criaram essa realidade? Essas eram as perguntas que sempre fazia antes de recitar o mantra. Em um primeiro momento, tive muita dificuldade de me concentrar e repetir aquelas simples e poucas palavras. Insisti e persisti.

Como não tinha outra ocupação além de ser medicada no quarto do hospital, fui repetindo mentalmente as palavras, muitas vezes acompanhadas de um choro compulsivo, sofrido, mas, seguia em frente com confiança. E me surpreendi e deparei em poucos dias com uma profunda sensação de paz e com uma serena certeza de que havia mais possibilidades.

A memorável técnica em questão se chama mantra, palavras de poder. Sou profundamente grata, pois, me permitiu acessar um lugar em mim mesma de mais paz, poder e brilho que até então, eram praticamente desconhecidos.

Um mantra que repeti incansavelmente foi o ho’oponopono. Estas palavras repetidas uma e outra vez, com consciência, proporcionam experiências de perdão, gratidão, amor incondicional. Devolve um senso de paz, possibilita a reconciliação, a sabedoria de viver, nos ajuda a assumir aquele lugar que é nosso, através do processo de reconstituição e criação.

Deixo aqui algumas dicas: Dissolva a dor emocional causada pela raiva, medos, culpa ou ressentimento. Encontre a certeza em momentos de incerteza. Sinta-se protegido, seguro e apoiado quando confrontado com um desafio. Encontre o perdão para si mesmo e outros. Perceba-se conectado à sua essência para seguir o teu verdadeiro propósito. Crie uma vida que reverbere o teu potencial interior. Inclua os mantras em sua vida.


Dilma Silva - formada em filosofia e teologia em universidades da Espanha e Itália. Professora universitária, é palestrante na área de inteligência emocional e inteligência espiritual. Promove cursos, imersões e atendimentos individuais ou em grupos de empresas, cursos e sessões online e presenciais. É autora do livro 33 Mantras para cocriar - desperte a mente rumo a grandes realizações.


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