O termo “redução de custos” já faz parte do vocabulário de diversas organizações. É certo que economizar sempre é uma boa opção para o fluxo de caixa da empresa, mas de nada adianta estabelecer um método de economia ineficiente que, ao invés de gerar lucro, traz prejuízo. E, como principal vítima desse tipo de abordagem, está o setor de TI.
A economia burra, como ficou conhecida essa
prática, trata-se da ação de poupar gastos num primeiro momento, mas que acaba
implicando em gastos ainda maiores depois. Em outras palavras, é o famoso
“barato que sai caro”. Quando vista nas empresas, ela afeta principalmente a
área de TI que, mesmo constantemente sendo enfatizada a sua importância nas
organizações, ainda sofre com o slogan “faça você mesmo”, reduzindo os
investimentos necessários. E a conta disso tudo? Prejuízo na certa.
Para piorar, diante de um cenário de constante
ameaças cibernéticas, que reforçam a importância de investir em melhorias no
setor das companhias, muitas acabam deixando de lado essa prática, tendo em
vista que não estão dispostas a aplicarem verbas sem que haja a garantia de um
rápido retorno do investimento.
Em 2022, como exemplo, dados da Security Report
mostram um aumento de 37% no número de ciberataques no terceiro trimestre do
ano. Esse percentual classifica o Brasil como o segundo alvo preferencial de
hackers nas Américas, atrás somente dos Estados Unidos.
A crença de que apenas investirem em nuvem e backup
são métodos preventivos facilita com que líderes e gestores acabem aderindo à
economia burra sem perceberem. E, para além dos impactos externos no que condiz
a maior vulnerabilidade, é preciso apontar também os principais problemas
internos que essa ação gera na empresa.
Desempenho de produtividade, agilidade, velocidade
e precisão são regras para se manter ativo no mercado, mas como isso é possível
sem uma estrutura e arquitetura dos servidores? Assim, as empresas podem passar
horas para sincronizar informações e registros, algo que através de uma rede
certificada é reduzido a minutos, eliminando a lentidão.
Somado a isso, não há como não falar também da
ausência de profissionais especializados. É muito comum que as companhias
tenham funcionários que atuem em serviços específicos em TI. Porém, diante de
um momento de adversidade que fuja de seu alcance, precisam recorrer a serviços
externos emergenciais pelo fato de não terem se atentado da importância de formar
uma equipe conciliando diversas especializações.
Os aspectos de segurança externa e interna também
entram na lista. Isso é, a falta de acompanhamento de firewall,
bem como a ausência de uma equipe para checar as atualizações, deixa a empresa
mais suscetível a erros e falhas e vulnerável a ataques. De nada adianta
solucionar um aspecto, sem que a “casa esteja em ordem”, detendo uma estrutura
eficiente para maior segurança.
É fundamental deixar claro que, para obter
melhorias no setor de TI, investimentos são necessários. Porém, ao contrário do
que se imagina, os retornos são obtidos a longo prazo e consolidados com o
aumento dos índices de desempenho e crescimento da companhia. Contudo, diversas
decisões acerca da redução de custos são tomadas erroneamente, devido à falta
de conhecimento e acesso a boas práticas do mercado de TI.
Neste aspecto, contar com o apoio de uma
consultoria especializada nesse tipo de serviço e abordagem faz total
diferença. Até porque cada empresa é singular e possui características e
metodologias individuais, que merecem atenção para guiar o desenvolvimento do
setor de tecnologia em favor da companhia.
A economia burra é um problema que possui solução,
desde que tenha a orientação correta. Contudo, o imediatismo brasileiro se torna
uma das principais barreiras para melhorias e ações eficazes. Mesmo ocupando a
11ª posição do mercado global de TIC (Tecnologia da Informação e
Telecomunicações), segundo dados da consultoria IDC Brasil, ainda assim, existe
um longo caminho pela frente no processo de chamar atenção dos líderes de TI do
país para inovarem o método de gestão. Afinal, mais do que economizar, é
preciso ter inteligência.
Diogo
Fernandes - DPO e responsável pela infraestrutura do Grupo
Skill.
Grupo Skill
https://gruposkill.com.br/
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