Psicólogo explica como reconhecer os sintomas e alerta para a necessidade do diagnóstico precoce
30 de março é o Dia Mundial do Transtorno Bipolar e o principal objetivo da data é chamar atenção para a importância do diagnóstico precoce, além de conscientizar a sociedade sobre a necessidade de quebrar estigmas acerca desse tema. O Transtorno Bipolar é uma doença crônica que se caracteriza por mudanças comportamentais marcadas por fases de depressão e mania que ocorrem, de forma geral, sem uma causa aparente, no entanto, gera bastante sofrimento e diversas consequências negativas na saúde e na vida dos indivíduos que desenvolvem a enfermidade.
Na fase depressiva, a pessoa acometida costuma apresentar quadros de ansiedade e irritabilidade, podendo buscar o isolamento social. Já na fase denominada mania, há uma expansão do humor, o indivíduo fica mais falante, com mais energia - energia fora do comum - além de apresentar comportamentos compulsivos. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Transtorno Afetivo Bipolar atinge atualmente cerca de 140 milhões de pessoas no mundo e é considerado uma das principais causas de incapacidade. Os jovens entre 15 e 25 anos são os mais afetados, porém, o quadro também pode se manifestar tardiamente entre 45 e 55 anos.
Segundo o professor do curso de Psicologia da UNINASSAU Paulista, Cleyson Monteiro, é fundamental esclarecer que a bipolaridade não se trata apenas de uma simples mudança de humor, e sim de uma doença de efeito prolongado, mas que pode ser controlada, porém quando não tratada, afeta a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas.
“ Quando um adoecimento mental é descoberto e tratado de maneira precoce, maiores são chances do paciente ter a remissão da doença. O tratamento do Transtorno Bipolar é feito pela interação da psiquiatria com a psicoterapia, desta forma, é essencial buscar o quanto antes a ajuda de profissionais especializados assim que os sintomas do distúrbio - como as alterações no comportamento - se apresentarem. A sociedade precisa entender que essa patologia causa sofrimento não só para o paciente, como também, para as pessoas que o rodeiam, esses indivíduos precisam ser acolhidos e tratados", Explica Monteiro.
Apesar de não
haver uma causa concreta, fatores ambientais e genéticos podem aumentar as
chances do desenvolvimento da doença.
Confira os principais sintomas das duas fases:
Fase
depressiva:
- Alterações do apetite com perda ou ganho de peso;
- Humor depressivo na maior parte do tempo;
- Fadiga;
- Apatia, perda de interesse ou prazer;
- Sentimento de culpa ou inutilidade;
- Cansaço mental;
- Isolamento social e/ou familiar;
- Ansiedade e irritabilidade.
Fase Mania:
- Autoestima
inflada, autoconfiança e delírios de grandeza;
- Redução do sono;
- Fala rápida, em tom alto;
- Gestos excessivos, podendo se ter fuga de ideias;
- Comportamentos impulsivos;
- Agitação psicomotora;
- Aumento da sociabilidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário