A regulamentação das loterias online no Brasil tem
sido um tema de grande importância nos últimos tempos e em discussão no Congresso.
Com o crescente uso da internet e a popularidade dos jogos digitais, muitos
brasileiros passaram a buscar opções online para apostar. Porém, mesmo com o
nítido desenvolvimento desse setor, a falta de regulamentação ainda impede o
crescimento e, com isso, uma maior arrecadação de impostos e repasses sociais
das loterias, beneficiando toda a sociedade.
Em pesquisa realizada pela Associação dos
Intermediadores Digitais de Jogos Lotéricos (AIDIGLOT) em parceria com a
divisão de projetos da Fundação Getúlio Vargas, com a diretriz o setor
apresentaria um crescimento de 140%, gerando mais empregos e contribuição para
o Produto Interno Bruto (PIB). “A regulamentação das loterias digitais no
Brasil é uma medida de suma importância para que possamos cooperar além do que
já fazemos por nossa sociedade. Hoje, o setor já arrecada cerca de R$ 20
milhões em impostos, além dos repasses sociais. Com essa chancela do governo,
poderíamos aumentar em muito nossa contribuição”, explica Mirko Mayeroff,
presidente da AIDIGLOT.
Para a sociedade, os benefícios diretos e indiretos
incluem: aumento da arrecadação fiscal, geração de renda e postos de trabalho,
elevação dos montantes disponíveis para transferências sociais e fomento de
novos modelos de negócios e estímulos de soluções tecnológicas e inovadoras no
mercado de loterias. As vantagens deste tipo de serviço são inúmeras e dentre
as verificadas pelo estudo, vale destacar:
- Expansão
do número de pessoas com acesso aos jogos de loteria;
- Superação
dos limites geográficos para venda dos bilhetes;
- Potencial
de aumento das receitas auferidas pelas unidades lotéricas sem elevação
relevante dos custos com logística, vendas e entregas;
- d)
Aumento da publicidade sobre os jogos sem custo adicional para os
controladores dos jogos;
- e) Potencial
de expansão de vendas em perfis de consumidores diferentes daqueles que
frequentam as lotéricas físicas, tradicionais.
“No Brasil, o serviço de intermediação lotérico
ainda se mantém refém de um ‘limbo’ normativo. Dentre os vários obstáculos vale
mencionar: restrições nos veículos de propagandas, redução de credibilidade
junto ao público, falta de autorização para disponibilizar os aplicativos,
restrições no Google Ads e em outras plataformas de mídia, aumento dos custos
operacionais e ausência de interface eletrônica (API) para registro dos jogos,
o que obriga os intermediários a lidarem com os bilhetes físicos, sendo
responsáveis pela guarda/arquivamento e coleta/transporte destes”, finaliza
Mayeroff.
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