Período das águas que vai de outubro até meados de maio, marcado por maior precipitação e oferta de pasto, requer atenção do pecuarista para encontrar a melhor estratégia de engorda
A VetBR, mais completa distribuidora de produtos
para saúde animal do país, reuniu dicas para o pecuarista encontrar a melhor
estratégia de engorda do rebanho durante o período das águas, que vai de
outubro a maio. Nessa época, o intenso volume de chuvas, os dias mais longos e
as temperaturas mais altas fazem com que a vegetação do pasto apresente boas
taxas de crescimento. Dessa forma, desde que bem manejados esses fatores, o
rebanho pode ter bom ganho de peso.
Primeiramente, destacamos a fonte de suplementação
nutricional mais econômica e difundida entre os pecuaristas: o sal mineral. A
administração da substância, formada por uma combinação de sal com macro e
microminerais, exige cuidados básicos: o posicionamento do cocho acima do chão
e devidamente protegido das chuvas, uma boa área de distribuição do sal mineral
(para que todos os animais tenham acesso a ele) e a escolha de um produto de
boa qualidade.
Quando o assunto é ração, vale mencionar o creep
(ou creep-feeding). Trata-se de uma formulação balanceada, servida no cocho,
dentro de um cercado e com acesso somente ao bezerro. Nesse método, a
suplementação nutricional da cria durante o período da amamentação é feita sem
que seja necessário separar o bezerro da vaca. São importantes os cuidados com
horários, frequência e dosagem do suplemento.
A ureia também é frequentemente adicionada à
alimentação do gado — é fonte de nitrogênio não proteico (NNP). O nitrogênio é
um nutriente essencial para o crescimento do animal. Ocorre que o gado não
metaboliza de maneira eficiente o nitrogênio de fontes como alfafa ou o feno de
grama, o que torna necessária a suplementação por meio da ureia, que é uma
fonte de nitrogênio concentrado que o gado consegue absorver rapidamente — é
convertido em amônia no rúmen dos animais. Para administrar de maneira adequada
a ureia, o pecuarista precisa manter o composto livre de qualquer umidade, em
cochos cobertos e de fácil acesso para o gado. Cabe lembrar que, se
administrada em excesso, a ureia pode ser tóxica — por isso, vale ter atenção
redobrada à dosagem.
De acordo com Thallison Martins, médico veterinário
e promotor de vendas da VetBR, pensando em uma recria e engorda onde o intuito
é acelerar o ganho de peso, os proteinados (alto e baixo consumo) e proteicos
energéticos são mais assertivos. De modo geral, além de fornecerem macro e
microminerais, também garante uma fonte de proteína e energia para o animal.
Esse tipo de suplementação requer cuidados como armazenamento em locais secos,
atenção à dosagem diária, introdução gradual e manutenção de uma fonte de água
limpa nas proximidades.
Padrões de rendimento por
suplementação
Todas essas modalidades de suplementação resultam
em um acréscimo no ganho diário de peso dos animais, podendo chegar em média de
400 gramas (sal mineral), 600g (suplementação proteica de baixo consumo), 850g
(suplementação proteica de alto consumo) e até 1kg (ração, sob regime de
semiconfinamento). No caso dos bezerros, o creep eleva o ganho diário em até
600g.
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