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Fabiana Vitale, veterinária especializada em dermatologia no Hospital Veterinário Taquaral, de Campinas-SP
O incômodo na pele é só o começo; se não tratado, o
animal pode até ter convulsões
Pulgas e carrapatos estão entre os maiores preocupações e desafios de quem tem pet. Mesmo apresentando muitas vezes tamanhos quase microscópicos, essas pragas exercem efeitos devastadores se não eliminadas.
Dos parasitas, estes dois são os mais comuns que podem afetar os animais de estimação. Eles se alimentam do sangue dos pets e podem causar desconforto, doenças e até mesmo infestações em ambientes. Há ainda outros ectoparasitas (parasitas que podem habitar a parte externa do corpo de um animal), como ácaros - que causam sarnas -, larvas de miíase, larvas de bernes e piolhos.
Muito além da coceira
Se
não cuidados, os cães e gatos podem manifestar quadros de verminoses
intestinais, dermatite alérgica e doenças hematológicas que causam disfunções
orgânicas como anemia, queda de plaquetas, vasculites, lesões renais,
alterações medulares, neurológicas -- como convulsões -- e outras complicações,
podendo evoluir inclusive para a possibilidade de óbito em casos mais graves
quando não tratados a tempo.
A
prevenção é a melhor maneira de evitar a infestação por pulgas e carrapatos, de
acordo com a veterinária especializada em dermatologia Fabiana Vitale, do
Hospital Veterinário Taquaral, de Campinas-SP. Existem diversos produtos no
mercado que podem ser usados, como coleiras, sprays, talcos, comprimidos e
pipetas. Além disso, é importante manter o ambiente limpo e higienizado,
lavando as camas e brinquedos dos animais regularmente e aspirando a casa com
frequência.
“Existem diversas opções de medicação para tratar a infestação por pulgas e carrapatos em cães e gatos, como medicamentos tópicos, orais e injetáveis. É importante seguir as orientações do médico veterinário para garantir a eficácia do tratamento e evitar efeitos colaterais”, enfatiza Fabiana.
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Fabiana Vitale avalia pele de cão
A veterinária destaca que, no caso de pulgas, apenas 5% delas, na forma adulta, parasitam o corpo do animal. “Os estágios de desenvolvimento da pulga nas fases de ovo, larva, pupa e ninfa estão apenas no ambiente, se alimentando de descamações da pele dos animais. Então, não cuidar da limpeza do ambiente representa novamente infestação do animal a curto prazo”, frisa.
As
causas da infestação por pulgas e carrapatos podem ser diversas, como contato
com outros animais infestados, locais com grande presença desses parasitas,
falta de higiene e cuidado com o ambiente em que o animal vive.
Os
parasitas podem ser transmitidos de diversas formas, como através do contato
direto com outros animais infestados ou pelo ambiente, como gramados, parques e
florestas. Por isso, é importante manter o animal protegido e evitar locais com
grande possibilidade de presença dessas indesejadas pragas.
Algumas
pessoas podem apresentar alergias ao contato com pulgas e carrapatos. Os
sintomas incluem coceira, vermelhidão, inchaço e erupções cutâneas. É
importante procurar um médico se esses sintomas ocorrerem após o contato com os
parasitas.
Além
disso, segundo Fabiana, os parasitas intestinais transmitidos por pulgas, como
o Dipylidium caninum, também podem ser repassados para os seres humanos. É
importante tomar medidas preventivas, como manter os animais protegidos e
higienizados, para evitar a infestação em humanos. Caso ocorra o contato, é
importante procurar ajuda médica imediatamente.
Hospital
Veterinário Taquaral
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