O aumento da demanda de profissionais de TI tem provocado
alta rotatividade no setor, obrigando as empresas a criarem estratégias cada
vez mais ousadas para se destacarem no mercado. Para enfrentar os desafios da
área - atrair profissionais e reter os membros da equipe -, é importante estar
atento às tendências de comunicação e de gestão de pessoas.
Pesquisa da consultoria Robert Half, que ouviu 300 executivos C-Level para
entender quais as suas maiores preocupações neste ano, constatou que a maioria
diz respeito à questão da atração e retenção de talentos qualificados. Ao mesmo
tempo, revelou que 48% dos executivos notaram um aumento no turnover,
em comparação com os anos anteriores à pandemia. Além disso, 69% dos
entrevistados acreditam que encontrar bons profissionais na área de tecnologia
será cada vez mais desafiador.
Para arrebatar um número maior de admiradores, as empresas devem recorrer às
mídias sociais e aos veículos de comunicação, importantes ferramentas de
interlocução entre a marca e seus consumidores. Ao compartilharem informações
sobre valores, cultura e oportunidades de desenvolvimento, as organizações
estão fortalecendo a marca empregadora e aumentando a visibilidade junto
aos potenciais colaboradores, clientes e fornecedores, além de investir na
retenção do time.
A expressão employer branding – marca do empregador – consiste em um
conjunto de técnicas e ferramentas usadas para construir uma reputação positiva
junto ao mercado, fazendo com que as pessoas que se identificam com os seus valores
queiram fazer parte da empresa. Diversas estratégias são adotadas para melhorar
a percepção dos colaboradores e da comunidade em geral em relação à
organização. Entre as iniciativas estão ações de responsabilidade social,
investimentos em treinamento e desenvolvimento da equipe, oferta de benefícios
inovadores, além de uma comunicação transparente e humanizada com o público
interno e externo.
As empresas que adotam o employer branding observam aumento no
volume de candidaturas e uma redução no turnover, uma vez que os
colaboradores ficam mais propensos a permanecer na organização por estarem
satisfeitos com o ambiente de trabalho. Outro resultado positivo é o maior
engajamento interno. Quando há a construção de uma cultura sólida e
estruturada, a empresa cria uma identidade única e coerente, e os colaboradores
sentem-se mais motivados e orgulhosos de trabalhar para uma marca forte e com
presença positiva no mercado.
Uma das melhores formas de fortalecer e humanizar a marca é por meio dos
próprios colaboradores. Munidos de informações e com os treinamentos adequados
eles podem compartilhar em suas redes as experiências e vivências na
organização, atuando como embaixadores da marca. Adotando essa estratégia, a
companhia não apenas aumenta a sua visibilidade, mas também promove um ambiente
de trabalho mais participativo e engajado.
Por fim, é importante destacar que o employer branding não é algo que
possa ser construído da noite para o dia. O processo deve ser contínuo e contar
com a participação de todos os níveis hierárquicos. É preciso investir tempo e
recursos para criar uma cultura organizacional forte e positiva, capaz de
atrair e reter os melhores talentos e aumentar expressivamente a
competitividade da empresa no mercado!
Gabriel Rocha - coordenador de Recursos Humanos
na Roost, empresa de tecnologia especializada em soluções de edge computing.
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