segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Quatro mitos e verdades sobre a fertilidade masculina e feminina

Após 12 meses de tentativas de gravidez, sem sucesso, o casal é considerado infértil; para mulheres com mais de 35 anos, esse prazo é de 6 meses 

A fertilidade é um tema que desperta muitas dúvidas em homens e mulheres, principalmente naqueles que decidem esperar mais tempo antes de engravidar. Há muitas informações disponíveis sobre o tema, porém nem sempre elas são confiáveis - o que acaba preocupando ainda mais as famílias. 

A infertilidade ocorre em igual proporção entre homens e mulheres. Segundo estudos, em torno de 40% das causas estão do lado das mulheres; outros 40% estão ocorrem por origens masculinas e 10% são um fator misto. Os 10% restantes correspondem a fatores desconhecidos, sem causas aparentes. 

Dra. Anaísa Dantas, ginecologista, obstetra e membro da AMCR (Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil), explica que após 12 meses de tentativas de gravidez, sem sucesso, o casal é considerado infértil. Para mulheres com mais de 35 anos, esse prazo é de 6 meses. “Quando isso ocorre, é preciso investigar as causas. Porém, conhecer alguns mitos e verdades sobre o tema pode facilitar a vida do casal”, diz a especialista. 

A médica listou quatro mitos e verdades sobre a fertilidade, que seguem abaixo.

 

1 - A obesidade dificulta a fertilidade

Verdade 

Estudos mostram que mulheres obesas ovulam menos pois, no tecido gorduroso, produzimos hormônios que interferem no ambiente ovariano. Além disso, o corpo de uma pessoa obesa produz enzimas que levam à uma interferência negativa no processo de ovulação. “Sem falar que a obesidade também traz riscos à gestação em si, elevando as possibilidades de aborto”, diz Dra. Anaísa.

 

2 - Hábitos de vida podem influenciar negativamente a fertilidade

Verdade 

Entre os hábitos que podem trazer problemas à fertilidade, o primeiro deles é o álcool em excesso. “Ele contém muitas substâncias com ação oxidante, agindo nas células em nível ovariano. Além disso, atinge em excesso o fígado, órgão com importante participação na produção dos hormônios e na qualidade da ovulação”, salientou a médica. Ela menciona também o tabagismo (que aumenta em 60% chances de a mulher se tornar infértil e promove o envelhecimento precoce das células do ovário), a má alimentação e o sedentarismo.

 

3 - Uso de anticoncepcional prolongado prejudica a gravidez

Mito

Conforme Dra. Anaísa esclarece, é o contrário: em algumas situações, é necessário aderir ao anticoncepcional oral para equilibrar a função ovariana, como em casos de pacientes com ovários polimicrocísticos. A especialista diz que é como reiniciar o computador, fazendo com que o corpo ovule melhor depois do medicamento.

 

4 - Pílula do dia seguinte faz mal

Verdade

A pílula do dia seguinte é uma contracepção de emergência e não deve ser tomada com frequência, de acordo com Dra. Anaísa. “Essa pílula equivale à metade da cartela do anticoncepcional tradicional. Ela contém altas doses de hormônios, e por isso seu uso prolongado pode trazer repercussões como tromboses, acidentes vasculares cerebral, câncer de mama e de endométrio, entre outros problemas”.

 

AMCR -- Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil

amcrbrasil.org/#!/quem

 

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