A traição e a
arrogância podem acabar com os resultados da sua equipe!
Você já parou para pensar o quanto a traição e a
arrogância podem contaminar negativamente as equipes de trabalho e influenciar
nos resultados das empresas?
Por conta de uma paixão familiar que passa de pai
para filho, sou torcedor do Corinthians. Torcedor daqueles de assistir todos os
jogos e ir ao estádio para vibrar e sofrer pelo meu time.
No ano de 2022 o líder técnico do Corinthians era
Vitor Pereira, um técnico português que, até então, tinha, a meu ver, feito um
bom trabalho com o time. Ao final do seu contrato foi oferecida possibilidade
de renovação de contrato pelo clube, porém, o técnico declinou justificando que
teria que voltar a Portugal para cuidar de um problema familiar. Jurou amor ao
clube e disse nunca ter visto uma torcida tão fanática pelo time antes. Na
época, eu disse ao meu filho Leo que gostava dele como técnico e, também, da
sua transparência e honestidade enquanto líder (mal sabia o que estaria por
vir).
Exatamente 10 dias depois da saída dele do clube,
li uma reportagem que ele estaria negociando sua ida ao Flamengo, um outro
clube gigante, rival do meu clube do coração, Corinthians. Imediatamente pensei
ser mais uma fake news e falei ao meu filho que não faria sentido essa
notícia, já que ele tinha sido, a meu ver, coerente durante sua estada no
Corinthians.
Para o meu desgosto, algumas semanas depois, essa
notícia foi confirmada oficialmente. Vitor Pereira, que inicialmente tinha
informado ao clube e à torcida que voltaria a Portugal para cuidar de um
problema familiar, tinha acertado sua mudança para o Rio de Janeiro (para
treinar o Flamengo).
Essa mudança gerou revolta em muitos torcedores.
Fiquei refletindo muito sobre a atitude de Vitor Pereira e quanto a falta de
transparência e honestidade podem abalar a confiança de um líder. Desde então,
a partir da mudança de clube, passei a refletir que isso acontece muitas vezes
em muitas empresas. Líderes pouco transparentes, que beiram a desonestidade,
são pouco confiáveis e, por isso, podem impactar negativamente os resultados da
sua equipe.
Os novos liderados de Vitor Pereira no Flamengo
sabiam da história. Como será que alguém chamado de traidor pelo antigo clube
seria recebido pelos seus novos liderados? Como será que um líder com um
histórico de traição em uma outra empresa seria recebido em uma nova empresa?
Esses eram os meus questionamentos. Eu tinha uma
teoria de que não daria certo. Teoria que foi confirmada algumas semanas
depois, com a eliminação precoce do Flamengo no campeonato mais importante do
ano, o Mundial de Clubes da FIFA.
Tive a oportunidade de assistir ao jogo. Além de
alguns erros técnicos (sim, sei que isso é subjetivo e pode ser justificável),
era impossível não olhar para os comandos dele e não lembrar da traição que ele
tinha feito com uma nação de 30 milhões de apaixonados pelo Corinthians. Ele
havia mentido, talvez pela falta de coragem de falar a verdade para milhares de
pessoas ou simplesmente pela falta de honestidade mesmo. Vitor Pereira foi
considerado por muitas pessoas o grande responsável pela derrota do Flamengo
nesse importante campeonato. Minha teoria acabava de se confirmar. Líderes que
não são transparentes e honestos podem afundar equipes de trabalho!
Enquanto o mundo grita por líderes de portas
abertas (ou que abre portas), Vitor Pereira é um líder que fecha portas. Um
líder que, visivelmente, está sendo sufocado pela sua desonestidade e arrogância.
Como muitos líderes que vemos por aí nas empresas.
Se você está em uma empresa e vê esse tipo de
líder, tente mudar imediatamente. Primeiramente tente mudar o líder e, se não
conseguir, rapidamente mude de empresa. Empresas saudáveis merecem ter um ambiente
positivo em que a honestidade e transparência são alicerces de resultados
extraordinários.
Alexandre Slivnik é reconhecido oficialmente pelo governo norte americano como um
profissional com habilidades extraordinárias na área de palestras e
treinamentos (EB1). É autor de diversos livros, entre eles do best-seller O
Poder da Atitude. É diretor executivo do IBEX – Institute for Business
Excellence, sediado em Orlando / FL (EUA). É Vice-Presidente da Associação
Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) e diretor geral do Congresso
Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento (CBTD). É professor convidado do
MBA de Gestão Empresarial da FIA / USP. Palestrante e profissional com mais de
20 anos de experiência na área de RH e Treinamento. É atualmente um dos maiores
especialistas em excelência em serviços no Brasil. Palestrante Internacional
com experiência nos EUA, EUROPA, ÁFRICA e ÁSIA, tendo feito especialização na
Universidade de HARVARD (Graduate School of Education - Boston / EUA). www.alexandreslivnik.com.br
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