Com os novos desafios contemporâneos, os que mais se destacam no
mercado de trabalho devem ser capazes de resolver problemas complexos, integrar
as tecnologias para facilitar o seu trabalho e, de maneira criativa, pensar em
hipóteses para resolver esses problemas
“O mundo mudou muito e continua mudando rapidamente.
No contexto atual, em que desafios inéditos surgem e exigem uma resposta rápida
de empresas e da sociedade como todo, as pessoas que mais se destacam são
aquelas capazes de resolver problemas complexos, integrar as tecnologias para
facilitar o seu trabalho e utilizá-las a seu favor e, de maneira criativa,
pensar em hipóteses para resolver estes problemas”.
A afirmação de Guilherme Camargo, CEO da
Sejunta, consultoria de tecnologia educacional, vai ao encontro das recentes
discussões promovidas pelo Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, em
janeiro desse ano. O evento contou com a presença de mais de 2.500 líderes de
governos, empresas e sociedade civil.
Dentro de um rol de pautas que considerou o
estabelecimento de bases para criar um mundo mais sustentável e resiliente, o
avanço tecnológico e as questões ambientais marcaram presença. A identificação
de inovações promissoras e o escalonamento das tecnologias emergentes foram
aspectos apontados na ocasião. Para os líderes participantes do Fórum, o avanço
tecnológico foi foco de esperança para contornar desafios contemporâneos, mas
não acompanhou a demanda.
E essas habilidades não dizem respeito a uma
profissão ou outra, isso se aplica a todas as profissões, sejam na área da
Saúde, da Tecnologia, entre outras. “Pensando nesse movimento de mudanças e nos
profissionais que costumam se destacar, entendemos que é fundamental o
desenvolvimento destas habilidades desde a primeira infância e que permitam que
os estudantes entendam que o erro faz parte do processo e que a colaboração é
chave para a construção de soluções para os problemas complexos que enfrentarão
no futuro, como profissionais no mercado”, esclarece o CEO da Sejunta.
A
escola auxiliando na implementação saudável da tecnologia
A escola é instituição formadora e
transformadora, desenvolvendo o estudante em todas as esferas de sua vida,
desde a acadêmica à cidadã. Isso também inclui a preparação para o mercado de
trabalho, que vem se ressignificando e apresentando novas necessidades.
Nesse contexto, a escola tem papel
fundamental, sobretudo no ensino sobre tecnologia num mundo que exige essas
habilidades. Além disso, é importante compreender que a tecnologia já faz parte
da realidade dos estudantes, sendo trabalhada na escola ou não.
Camargo afirma que a grande questão é
ressignificar esses instrumentos utilizados apenas para lazer e torná-los
ferramentas de aprendizagem. “O papel da escola, neste caso, é trazer uma
alfabetização também digital, introduzindo a tecnologia à rotina do estudante
de maneira saudável, medida e orientada. Essa alfabetização deve acontecer com
estudantes de diferentes idades, levando os alunos não só a utilizarem o melhor
das tecnologias, mas também protegendo os seus dados e informações privadas ao
explorar o mundo digital”, destaca.
Mas como fazer isso na prática? Para o CEO da
Sejunta, o desenvolvimento global do estudante é a chave. É necessário formar o
ser humano por completo, tanto na perspectiva técnica, quanto na social,
tornando-os capazes de aplicar os aprendizados de sala na vida real. De acordo
com ele, isso acontece quando o aluno tem um “processo de aprendizado ativo e
desenvolve sua autonomia, exercitando e praticando os conceitos em colaboração
com outros estudantes e tirando as ideias da cabeça para torná-las reais”.
Nesse processo, é fundamental apoiar os
estudantes para que entendam que os erros fazem parte da aprendizagem. É
importante, também, trabalhar a inteligência emocional dos alunos, exercitando
o autocontrole e contornando esses desafios. Assim, “independentemente dos
desafios que o estudante encontrar no futuro, ele estará preparado para tomar
decisões e lidar com a vida adulta”, afirma Camargo.
Isso é comprovado no relatório anual “iPad e
Mac na Educação: Resultados”, de junho de 2022. Nele, a sessão Motivação e
Engajamento discute como esses dispositivos permitem ao aluno “assumir a
responsabilidade de sua própria aprendizagem”, criando uma “cultura
motivacional”. Assim, das escolas que utilizavam essas tecnologias durante a
pandemia, por exemplo, a Old River School (da Califórnia, nos
Estados Unidos) e a IELEV Schools (de Istambul, na Turquia) foram duas que
apresentaram taxas de frequência na aprendizagem em casa acima de 95%.
A conquista acadêmica também foi avaliada no
relatório, mostrando como essas ferramentas tecnológicas estão “preparando
estudantes para o mundo antes mesmo de sequer entrarem”. Como é o exemplo da
escola pública Haywood Early College (da Carolina do Norte, EUA) que
apresentou aumento na taxa de graduação de 2017 a 2020, indo de 81% a 95% após
a introdução do programa “iPad individualizado”. Esses dados mostram como há
benefícios diretos não apenas para os alunos, mas também para os gestores na
adoção da tecnologia nas escolas.
Camargo lista esses benefícios, começando pela aproximação do conteúdo trabalhado em sala de aula da maneira como os estudantes já vivem, “utilizando tecnologias em seus diferentes formatos para socializar, se divertir e criar coisas”. Além disso, há “o desenvolvimento da autonomia dos estudantes, o trabalho em equipe e colaboração, a solução de problemas complexos, o exercício da criatividade e a projeção dos trabalhos dos alunos para além das quatro paredes da sala de aula”.
Sejunta
https://sejunta.com.br/
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