O efeito é avassalador: diarreia, gases, inchaço abdominal, vômito, mal-estar generalizado. No combo das viroses gastrointestinais, nenhum sintoma passa despercebido. E, a depender do vírus em questão, a imunidade sente o impacto a curto, médio e longo prazo.
“Toda vez que a gente tem uma infecção viral, e
quando esse equilíbrio é quebrado por um vírus mais patogênico ou por um vírus
que acaba se multiplicando mais do que deveria, isso causa um estresse
importante no sistema imunológico intestinal e a gente pode ter alterações de
permeabilidade do intestino”, explica a médica especialista em
gastroenterologia e professora do Puravida PRIME, Denise de Carvalho.
A curto prazo, impera o desconforto e a possível
desidratação, decorrente do excesso de líquidos eliminados.
A médio prazo, num período que varia de dois a
cinco dias, o organismo lida com a dificuldade de absorção dos nutrientes, que
pode levar a quadros de baixa nos níveis de magnésio, sódio, potássio e outros
minerais.
E, a longo prazo, nas crianças, há a possibilidade
do desenvolvimento da síndrome inflamatória multissistêmica.
Esse estresse excessivo sobre a mucosa do sistema
digestivo estressa tanto esse sistema imunológico que está assoberbado com a
infecção viral e com o aumento da permeabilidade dos intestinos, que a
consequência é essa infecção, que ativa uma resposta inflamatória muito
desequilibrada e que pode refletir em outros sistemas”, alerta a
especialista.
Não pare
Cessar os movimentos do intestino, que trabalha
desordenado por conta da virose, é o maior dos desejos durante o quadro de
desinteria. Mas, a solução não é recomendada, isso porque o sintoma é uma
reação do corpo que luta contra a infecção.
A orientação é investir na hidratação para repor os
líquidos e sais minerais. Caso não seja possível via oral, a opção é a
reposição dos eletrólitos pela via intravenosa. Já a dor é passível de ser
amenizada com o uso de analgésicos e antiespasmódicos, que reduzem os
movimentos peristálticos.
Tratamento complementar
Para além do convencional soro caseiro ou de
farmácia, os suplementos alimentares são aliados na retomada do equilíbrio da
microbiota intestinal.
Na prescrição para os pacientes, Denise Carvalho
costuma investir em três substâncias que ela classifica como pouco óbvias neste
cenário, embora tenham embasamento científico:
- Glutamina: ajuda, indiretamente, na
imunidade, por conta do efeito sobre a permeabilidade intestinal
- Creatina: melhora a permeabilidade
intestinal após infecções virais;
- Melatonina: reduz estresse
oxidativo mitocondrial, favorecendo a recuperação da mitocôndria pós-infecção,
agindo diretamente sobre a mucosa.
A professora do Puravida PRIME reforça: o uso da
melatonina, nesses casos – como em outras patologias – deve ser feito à noite,
para não interferir no ciclo circadiano.
“O sistema digestivo é muito importante para o
relógio biológico, então o ideal é que a gente não confunda esse relógio
biológico, porque se a gente colocar melatonina durante o dia, eu acho chato
cortisol – que é o principal hormônio anti-inflamatório que a gente
tem”.
Atividade física
Mesmo seguindo todas as recomendações para
restabelecer o equilíbrio do organismo durante a passagem da virose, os
exercícios físicos devem ficar fora do check-list do dia enquanto os sintomas
estiverem presentes.
“Cuidado aí com a atividade física nesse período.
Primeiro, para não passar vergonha. Segundo, para não aumentar a isquemia desse
sistema digestivo, diminuindo ainda mais a tensão de oxigênio sobre o sistema
digestivo!”, alerta a especialista.
Bom lembrar
Das doenças que acometem o sistema digestório, as
viroses estão entre as mais intensas, principalmente quando o assunto é o
desconforto causado pelos sintomas.
Medicamentos como analgésicos e antiespasmódicos
são recomendados para driblar as dores durante o quadro de gases e diarreia, no
entanto, a orientação é não tentar cessar a desinteria, que funciona como
sinalizador da luta do organismo contra a infecção em curso.
Alguns suplementos alimentares têm ganhado
protagonismo na recuperação da saúde da microbiota intestinal após a virose. Na
utilização clínica, se destacam a glutamina, a creatina e a melatonina.
Restabelecer o equilíbrio entre os micro-organismos
que compõem o ecossistema do intestino é fundamental para a plena recuperação.
E a alimentação saudável é peça-chave nesse processo.
Apesar dos incontáveis benefícios, os exercícios
físicos devem ser evitados enquanto persistirem os sintomas.
E, vale lembrar: o trio
hidratação-suplementação-alimentação é o segredo do sucesso para a recuperação
da microbiota intestinal após uma infecção viral.
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