sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Como lidar com o vício em bebidas alcoólicas durante comemorações? Psiquiatra alerta

Crédito: canva
 Época do ano é recheada de eventos, o que pode causar recaída em pessoas que tratam do alcoolismo

 

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) 3 milhões de mortes por ano são em consequência do uso abusivo de bebidas alcoólicas. Com os inúmeros perigos bastante conhecidos do alcoolismo, é essencial redobrar os cuidados em determinadas ocasiões, como as datas festivas.  

De acordo com o Dr. Sérgio Rocha, médico psiquiatra e diretor da Clínica Revitalis, os pacientes que fazem tratamento para o alcoolismo precisam redobrar cuidados em situações sociais que, para a maioria, são comuns e inofensivas. “Ir a uma festa de carnaval, por exemplo, é muito comum, faz parte da nossa cultura, mas pode ser um gatilho perigoso para quem cuida de uma adicção como o alcoolismo”, explica o Dr. Rocha.

 

Vícios podem piorar em festas comemorativas? 

Já que o Carnaval acabou de passar, mas as festas continuam, será que isso pode representar um risco para essas pessoas? “Antes, durante e depois do carnaval acontecem inúmeras festas e todas costumam ter muita bebida e é claro que é um ambiente perigoso para pessoas com alcoolismo”, responde o psiquiatra.“ O controle do ambiente é uma das regras fundamentais do tratamento em dependência química. Quando mais fácil e naturalizado for o acesso é o consumo de álcool , maior a chance do sujeito beber.” afirma.

 

Como lidar com isso? 

Lidar com vícios não é fácil e pode ser um longo caminho. “Controlar o alcoolismo não é uma tarefa simples e não podemos esquecer que é um tratamento muito complexo, que exige demais do paciente e dos familiares”, afirma o médico. 

A formação de uma rede de apoio saudável é fundamental. Pode ser com amigo ou familiares engajados , terapeuta , companheiros de grupos anônimos. O importante é ter a quem recorrer em momentos de fissura e desejo pelo uso do álcool. Trabalhar a autoconsciência e humildade para reconhecer que não é viável tratar isso sozinho são importantíssimas.”, finaliza o Dr. Rocha. 

 

Dr. Sérgio Rocha - Médico especialista em Psiquiatria, fez residência médica pela Marinha em 2006. Em 2007 fez pós graduação latu sensu em Psiquiatria pela PUC-Rio, sendo convidado em 2009 para ser professor de psicofarmacologia e coordenador da pós-graduação em Psiquiatria da PUC-Rio, atuando assim até 2017. Também é mestre em Neurociências pela IAEU, BAR -- Espanha (2015), especialista em Dependência Química pela UNIFESP (2017) e pós graduado em Psicopatologia Fenomenologica pela Santa Case de São Paulo (2019). Atuou na Clínica Revitalis como Diretor Técnico desde sua fundação em 2013.

 

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