A doença de Alzheimer pode ser definida como uma síndrome clínica neurodegenerativa, na qual ocorre uma alteração da função cognitiva, que pode se manifestar de várias formas, como déficit de memória, dificuldades de compreensão e julgamento e outros déficits relacionado as funções corticais. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que cerca de 55 milhões de pessoas vivam com algum tipo de demência, sendo a mais comum a doença de Alzheimer. Estimativas da Alzheimer’s Disease International, sediada no Reino Unido, mostram que os números globais poderão chegar a 74,7 milhões, em 2030, e 131,5 milhões, em 2050.
A doença acomete com maior incidência pessoas idosas e ainda não tem cura.
Para melhorar a qualidade de vida de pessoas com a doença, a alimentação adequada e balanceada é uma forte aliada. Segundo a Nutricionista e integrante da Comissão de Formação Profissional do Conselho Regional da 3ª Região – CRN-3, Maria de Lourdes do Nascimento da Silva, “a alimentação e nutrição adequadas está diretamente relacionada com a qualidade de vida e a manutenção da saúde e prevenção de complicações nos portadores da Doença de Alzheimer. Quanto mais precoce se inicia a terapia nutricional, maior será o impacto benéfico no tratamento, retardando a progressão da doença.”, explica.
Ainda segundo a nutricionista, é importante manter uma alimentação rica em proteínas, Antioxidantes (vitaminas A, D, E), Vitaminas do Complexo B (em particular a vitamina B 12) e Folato, Ácido Graxos Essenciais (ácido graxo ômega 3), Minerais (ferro, selênio e zinco).
Ainda não se conhece uma causa específica da doença de Alzheimer. A hipótese de predisposição genética para seu aparecimento ainda está em estudo. Mas já existem pesquisas que apontam a influência de vários hábitos de vida e de agentes externos presentes no ambiente (produtos químicos, toxinas e poluição, por exemplo) na ativação ou supressão de genes patológicos associados ao Alzheimer e de diversas outras doenças.
Sobre a prevenção à doença, Maria de Lourdes explica que é possível sim estar menos propício ao Alzheimer com a prática de bons hábitos alimentares. “Para prevenção é muito importante que o indivíduo tenha uma alimentação equilibrada em calorias e nutrientes de acordo com suas características relacionada ao seu peso, estatura, idade, por exemplo. É importante também que esteja presente na dieta alimentos que forneçam os nutrientes que participam ativamente das funções cerebrais: Peixes (contêm ômega 3), Vegetais Verdes Folhosos (contêm Minerais e vitaminas do complexo B, ácido fólico) Frutas Vermelhas (antioxidantes), Castanha do Pará (Contêm selênio), sem esquecer das fibras, é da água, fundamentais para processos metabólicos. Quanto mais variada for a alimentação, mais nutrientes ela vai fornecer, contribuindo para o bom funcionamento do organismo e prevenindo muitas outras doenças também”, explica a nutricionista.
Para concluir, Maria de Lourdes orienta como proceder para começar a ter uma alimentação balanceada, tanto para prevenir a doença de Alzheimer quanto para aqueles que já tem a doença e querem ter mais qualidade de vida.
“Primeiramente é fundamental consultar o Nutricionista. É o profissional indicado para realizar avaliação nutricional, definir o diagnóstico nutricional e estabelecer a conduta alimentar. O atendimento deve ser de forma individualizada levando em considerações aspectos, físicos, clínicos, rotinas, aspectos socioculturais e emocionais. O profissional nutricionista também irá orientar e desmistificar sobre muitos conceitos, corrigir hábitos, indicar alimentos mais saudáveis, incentivar o progresso das ações, respeitando e valorizando a pessoa como um indivíduo único e que precisa estar envolvido no seu tratamento, na sua saúde e ser agente ativo para a manutenção da sua qualidade de vida”, concluiu.
CRN-3
www.crn3.org.br
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