Alérgica a proteína do leite, Jess veio a óbito
após usar a colher que continha resquícios do alimento. A seguir, saiba mais
sobre crise alérgica e a importância da intervenção médica no momento certo
Craig McKinnon e Jess Prinsloo viajavam pela África do Sul quando ele decidiu propor a namorada em noivado. Após comemorarem o momento romântico, o casal foi até a casa da mãe de Jess, onde ela tomou um chá. O episódio que era para ser uma verdadeira história de amor tornou-se uma tragédia quando, ao mexer a bebida, a executiva de marketing usou uma colher que tinha resquícios de leite. Alérgica a proteína do alimento, ela teve um choque anafilático e veio a óbito.
De acordo com a Dra. Brianna Nicolletti, alergista e imunologista pela USP e médica do Hospital Albert Einstein, a alergia à proteína do leite ocorre quando há uma desregulação do sistema imunológico e o organismo passa a entender a estrutura do alimento como alergênica, o que por sua vez gera um processo inflamatório no corpo.
Essa resposta alérgica costuma ocorrer poucas horas após a pessoa ingerir o alimento que causou o descompasso no organismo. E vale lembrar que ela não está relacionada à quantidade do produto que foi ingerido, portanto, ele não pode ser consumido nem em pequenas doses. Como aconteceu com Jess, até mesmo utensílios com pouquíssimo leite podem desencadear o quadro alérgico.
“Além disso, a pessoa pode desenvolver alergia em qualquer idade, mesmo já tendo ingerido (inclusive por muito tempo) o alimento e não ter tido nenhuma reação, pois o sistema imune está em constante transformação”, completa a especialista.
Ainda segundo Brianna, os principais sintomas de uma reação alérgica são:
- Urticária (manchas, bolinhas ou placas vermelhas pelo corpo);
- Coceira no corpo todo;
- Inchaços de lábios, língua e pálpebras;
- Vômito;
- Diarréia acompanhada de dor abdominal;
- Tosse;
- Chiado no peito e/ou falta de ar;
- Desmaio.
Em
casos mais graves, pode ocorrer ainda o edema da glote. Ele é mais comum quando
há choque anafilático, como aconteceu com Jess. Nessa situação, Dra. Brianna
reforça: “É um quadro gravíssimo, que deve ser tratado prontamente com
adrenalina intramuscular (não adianta corticoides e antialérgicos). Em outras
palavras, é necessário tratamento especializado e imediato, com risco de vida”.
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