Docente do curso de Medicina Veterinária da
Anhanguera destaca principais dicas para manter o bem-estar de pets no verão
Tutores
precisam encontrar alternativas para garantir conforto térmico de pets/DIVULGAÇÃO
Janeiro
apresentar as temperaturas mais típicas do verão em 2023, depois de um início
frio e atípico para os brasileiros -- segundo o Climatempo, os termômetros
voltam a atingir os 30º C com a proximidade de fevereiro. A atenção com a saúde
no período de calor intenso deve ser redobrada, tanto para seres humanos quanto
para os animais de estimação, que também sofrem as consequências da estação.
De
acordo com a coordenadora do curso de Medicina
Veterinária da Faculdade Anhanguera, professora Doutora Janaína Duarte, a
hipertermia e as queimaduras nas patas são os problemas mais comuns dessa época
do ano. “Assim como as pessoas, os pets têm reações às mudanças climáticas e
precisam de cuidados especiais para manter o bem-estar”, afirma a docente.
Cães
e gatos possuem poucas glândulas sudoríparas espalhadas pelo corpo e a maior
parte delas está nos coxins plantares (as almofadinhas das patas). A
transpiração não ocorre pela pele, como no caso dos humanos, e a eliminação do
calor acontece por meio da respiração ofegante. No caso dos felinos, as
lambidas pelo corpo ajudam a manter a temperatura estável.
Em
casos hipertermia, os animais podem sofrer com vômitos, paradas cardíacas e, em
quadros graves, correm o risco de morte. Os primeiros sinais são a ofegação
constante, hipersalivação, batimento cardíaco acelerado, pele muito quente,
entre outros. A docente da Anhanguera destaca as principais dicas para proteger
animais de estimação do clima quente do verão.
Hidratação. Os pets
precisam de água limpa e fresca de forma abundante, portanto, é preciso fazer a
troca constante dos potes para que os animais continuem hidratados ao longo do
dia. Colocar pequenas pedras de gelo são uma alternativa para conservar o
frescor.
Passeio. Os horários com
menor incidência solar são ideais para os passeios na área externa, como antes
das 10h ou depois das 16h. O alerta principal é para a temperatura das calçadas
e do asfalto na hora de sair com os pets. Para isso, o indicado é verificar com
as próprias mãos se há conforto térmico no chão para evitar queimaduras nas patinhas.
Banho. A rotina de
banhos deve ser reforçada no verão, para evitar o acúmulo de sujeira e
parasitas, como pulgas e carrapatos. O aconselhado é que a higienização
aconteça, pelo menos, uma vez por semana ou quinzenalmente. Lavar os cães com
mangueiras no quintal é recomendado para aliviar o calor, porém, é importante
ter cuidado para que não entre água nas orelhas do animal, pois pode gerar um
processo inflamatório e/ou infeccioso.
Tosa. O senso comum
leva tutores a realizar a tosa em cachorros de pelos longos, porém, essa ação
deve ser avaliada por um médico veterinário graduado. A pelugem age para
regular a temperatura do corpo e, em alguns casos, o recomendado é apenas uma
escovação diária para retirar os pelos em excesso.
Abrigo. Cães e gatos, assim
como outros pets, precisam ter acesso a um local com sombra e boa ventilação.
Se os animais ficam dentro de caso, é importante manter ventiladores (não
colocar diretamente na face do animal) ou o ar-condicionado ligado nos horários
de pico de calor.
Alimento gelado. É possível
oferecer frutas geladas ou congeladas na forma de sorvete para que possam se
refrescar, desde que a base seja a água filtrada e sem a adição de açúcar. As
opções mais recomendadas para os pets são a laranja, o mamão, o melão, a melancia,
o morango, a pêra e a banana. “Trata-se apenas de um petisco e não deve
substituir a refeição e nem serem dadas em excesso”, afirma a docente.
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