quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Novo estudo aponta que uso excessivo de telas tem relação com casos de miopia e ensina dicas preventivas

Estudo realizado pelo cientista luso-brasileiro Dr. Fabiano de Abreu indica relação entre uso excessivo de telas e aumento de casos de miopia

 

Com o desenvolvimento e popularização da tecnologia, cada vez mais têm crescido o acesso e uso de telas, no entanto, esse uso prolongado e cada vez mais prematuro tem sido apontado como um dos fatores que influenciam o aumento de casos de miopia. 

É o que reforça o estudo “Uso excessivo e prematuro das telas aumentam proporção de casos de miopia”, produzido pelo Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela e publicado pela Revista Multidisciplinar Ciência Latina. 

“Estudos recentes mostraram que existe uma ligação entre o aumento do tempo de tela e a miopia ou outros problemas como fadiga ocular, visão turva, dores de cabeça e distúrbios do sono. Uso de computador, tablet, smartphone, videogame ou televisão podem prejudicar sua visão”. Afirma o artigo. 

O artigo também aponta que diversos estudos já relacionam o acesso precoce a telas, educação e leitura têm relação com o aumento de casos de miopia. 

“Nos Estados Unidos, os casos de miopia em crianças mais que dobraram nos últimos 50 anos [...] essa  relação  é  devida às condições  de  estudos  desde  muito  cedo.  Populações  geneticamente  suscetíveis  a  leitura  e educação precoce assim como populações com maior acesso às telas. [...] está bem documentado que os casos de miopia aumentaram em conjunto com a era digital como no caso dos chineses que, segundo dados, possuem 3 vezes mais miopia do que os hispânicos”. 

Apesar de suas causas genéticas, existem também outros fatores que influenciam esse processo, chamadas de epigenéticas, elas se referem à capacidade do ser humano, de acordo com  o seu comportamento ativar o desativar alguns genes, podendo estimular ou prevenir o surgimento de doenças.

 

*Dicas para evitar a miopia*

Pode parecer impossível conciliar a saúde ocular com o uso de telas, fundamental na atualidade, no entanto, existem dicas que podem ajudar, o estudo  aponta algumas das principais, confira. 

“Ao usar um dispositivo digital por longos períodos de tempo, recomendamos a regra 20 - 20 - 20. A cada 20 minutos, olhe para algo a 6 metros de distância por 20 segundos. Estar perto de uma janela e definir um alarme recorrente pode ajudar nesse objetivo”. 

“Para as crianças, defina um alarme para uso do computador ou espace marcadores ou clipes  de  papel  para  lembrá-los  de  fazer  uma  pausa  para  os  olhos  ao  ler  um  livro. Limite  o tempo de tela desnecessário e aumente o tempo de jogo ao ar livre. Treine as crianças para usar telas de 24 polegadas ou mais distantes, em vez de  menos de 12 polegadas, que ficam muito  perto  dos  olhos e use  óculos  de  sol  com  proteção  UV”. 

Seguem outros meios de prevenção: 

- Passar mais tempo ao ar livre com luz natural - Deve-se incentivar a criança e regular o tempo em casa e ao ar livre;

- Ortoceratologia - uso de lentes de contato rígidas para achatar temporariamente a córnea e reduzir a miopia;

- Colírio de atropina em baixa dosagem - colocar gotas em casa olho antes de dormir para retardar a progressão da miopia em crianças e adolescentes;

- Estudar ao ar livre para realizar a técnica 20-20-20 com mais facilidade;

- Não fumar e evitar ambientes com fumaças;

- Uma alimentação com ômega-3 pode ajudar na prevenção.


Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues - Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva. Membro Mensa, Intertel e TNS.


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