sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Cuidados para o uso adequado do contraste no diagnóstico de imagem

Para a realização segura do exame, é preciso contar com o apoio de uma entrevista prévia para evitar riscos ao paciente

 

Há alguns dias, houve um caso de falecimento após a realização de ressonância magnética, com a suspeita de ter sido uma grave alergia ocasionada pelo contraste. 

Os dois contrastes mais comuns utilizados no diagnóstico por imagem são o iodado (tomografia computadorizada) e o gadolínio (ressonância magnética). A presença do líquido, que pode ser utilizado via oral, retal ou injetável - a depender da região a ser monitorada - contribui para o diagnóstico mais preciso e para indicação de tratamentos de saúde mais eficazes, já que conseguem identificar diferentes tecidos e uma avaliação mais segura. 

Na opinião do Dr. Mauricio Dias Jr, gerente médico assistencial de exames no dr.consulta, uma entrevista minuciosa e direcionada antes da realização do exame contrastado é a principal ferramenta para a equipe médica rastrear e diminuir riscos de o paciente apresentar reações adversas, como um possível quadro alérgico, ao uso do meio de contraste durante os exames de Tomografia e Ressonância Magnética. “Durante esta entrevista, buscamos identificar situações como gestação, nefropatias (problemas nos rins), cardiopatias (problemas no coração) pneumopatias (problemas nos pulmões), e até mesmo outras doenças crônicas, como o diabetes. Outro ponto importante é conhecer quais medicamentos o paciente está usando para mapear potenciais interações”, afirma. 

Por isso que em determinadas situações e em determinados pacientes, como idosos ou pessoas com doença renal crônica, alguns exames complementares específicos podem ser solicitados e devem ser realizados antes e como definição de critério de elegibilidade para os exames contrastados de tomografia computadorizada e Ressonância Magnética, como por exemplo a avaliação da função renal (creatinina). 

De toda forma, mesmo com todo o estudo prévio do potencial risco ao paciente, as reações adversas podem acontecer. Na grande maioria das vezes se apresentam como reações leves (vermelhidão de pele, sensação de calor, coceira) e de fácil tratamento e reversão. Reações graves são exceções, no entanto, quando acontecem, todo o setor de radiologia, junto da equipe multidisciplinar profissional, deve estar preparado para dar estabilização inicial do paciente, que por vezes poderá ser encaminhado para atendimento hospitalar.

 

dr.consulta


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