Com o início da Copa e a proximidade das festas de fim de ano, o espetáculo de luzes e estampidos toma conta do céu. Fórmula Animal dá dicas importantes para proteger os animais dos efeitos nocivos dos fogos
O
show de luzes coloridas no céu, seguido por estampidos sonoros, é o anúncio
tradicional de diversos tipos de celebrações, como a chegada do Ano Novo ou
durante os jogos da Copa que, em 2022, atipicamente, emendará com as festas de
fim de ano. E, apesar de causar encanto na maioria das pessoas, a cena
protagonizada pelos fogos de artifício pode ser um verdadeiro pesadelo para
tutores de cães e gatos. Isso porque a capacidade auditiva dos bichinhos é bem
maior do que a dos humanos e, para eles, o barulho se torna insuportável,
causando medo e agitação.
Segundo
Gisele Starosky, médica veterinária da Fórmula Animal ― rede de franquias de
farmácia de manipulação veterinária, que produz medicamentos e produtos
voltados à saúde animal de forma personalizada ― o som da explosão dos fogos de
artifício causa estresse nos animais, provocando reações físicas e
psicológicas.
“Quando
expostos a barulhos excessivamente altos, cães, gatos e outros animais
domésticos podem apresentar sinais de ansiedade, pânico e/ou agressividade.
Outro ponto é que, durante o desespero, eles têm uma tendência a procurar rotas
de fuga e podem se machucar gravemente em portas e/ou janelas com vidros, por
exemplo. Há, também, casos mais extremos, nos quais os pets podem ter uma
parada cardíaca e vir a óbito”, explica Gisele.
O que fazer para acalmar o
pet?
Alguns
municípios têm leis que proíbem a queima de fogos com estampido, a fim de preservar
o bem-estar dos bichinhos. Mas, como na maior parte do Brasil a realidade é a
convivência com os barulhos excessivos dos foguetes durante as festividades, é
importante que os tutores fiquem atentos a algumas medidas de segurança. A
primeira delas é não deixar o animal sozinho em casa durante esses momentos,
para que ele não se sinta em perigo e tente fugir da residência, causando algum
tipo de acidente.
“Outro
ponto fundamental é que o tutor deve criar um ambiente seguro e aconchegante
para o pet. É importante arquitetar uma atmosfera bem tranquila dentro da
residência, em que fique perceptível para o animal que o barulho está do lado
de fora e não poderá fazer mal a ele. Assim, portas, janelas e cortinas devem
permanecer fechadas até o término do barulho”, orienta a médica veterinária da
Fórmula Animal.
Outra
dica é acostumar o pet com barulhos mais altos, como músicas tocadas em caixas
de som, nos dias que antecedem as celebrações. Para que o bichinho fique
confortável com a situação, o tutor pode aproveitar o momento e oferecer
petiscos ou brinquedos, para distraí-lo.
Aliados naturais: Florais de
Bach e óleos essenciais
Além
do manejo do ambiente os pets que têm medo dos fogos de artifício podem ser
beneficiados com o uso de duas terapias naturais e sem contraindicação: Florais
de Bach e a aromaterapia.
De
acordo com Renata Piazera, farmacêutica e CEO da Fórmula Animal, a função das
essências florais no tratamento dos animais “é restaurar o equilíbrio e a
harmonia, curando distúrbios e doenças”. Os Florais de Bach atuam revertendo os
movimentos negativos da psique, direcionando-os opostamente. Em outras
palavras: eles agem proporcionando um estado completo de bem-estar, ou seja,
físico, mental e social.
“Na
medicina veterinária, as essências florais são as mesmas utilizadas em humanos,
no entanto, a técnica de preparo deve ser diferente em cada animal, respeitando
as características de cada espécie. E, ao contrário dos seres humanos, os
animais reagem muito mais rápido às essências, pois não possuem os mesmos
bloqueios emocionais”, explica Renata.
Para
esse tipo de situação, a indicação é o Floral de Bach para medos e traumas, elaborado
com a combinação das essências florais Star of Bethlehem (trauma, choque);
Mimulus (medo de coisas definidas e timidez); Rock Rose (pânico, terror, medo,
barulho, fogos); Aspen (medo de coisas desconhecidas; animais selvagens ou
nervosos); e Walnut (para situação de mudança, adaptação de nova casa, adoção).
Já
a aromaterapia, é feita por meio do uso terapêutico dos óleos essenciais, que
são extraídos de plantas, flores e frutos. Esses óleos possuem diversos
benefícios e sua absorção se dá pelo olfato e através da pele. Assim, podem ser
inalados, aplicados topicamente ou via banhos aromáticos.
“Seu
mecanismo de ação é simples: após o início da terapia com o óleo essencial,
acontece o estímulo e liberação de substâncias químicas no cérebro, o que, consequentemente,
permite a regulação de várias funções do organismo. A aromaterapia para pets é
indicada em diversos tipos de situação, como enjoo, ansiedade, estresse e
fadiga, entre outros. Os óleos podem ser manipulados em forma de gotas, roll-on
ou difusor, em farmácias de manipulação veterinária”, explica Renata.
Neste
caso o recomendado é um blend calmante, elaborado com dois tipos de óleos
essenciais: lavanda, que possui propriedades tranquilizantes e relaxantes, e é
ótimo para minimizar a ansiedade e o estresse; e laranja doce, que tem perfume
cítrico e atributos que acalmam a mente e ajudam a aliviar sentimentos de
irritação.
Use com segurança!
O
Floral de Bach deve ser administrado diretamente na boca do animal, quatro
vezes ao dia, ou pingar sobre o focinho, para que ele possa lamber e ingerir o
produto. Outra possibilidade é adicionar 10 gotas no pote de água, mas, neste
caso, o tutor deve ficar atento se o animal irá beber todo o líquido ao longo
do dia. Também há a opção de pingar as quatro gotas em um grão de ração e dar
para o pet comer.
Já
em relação aos cuidados de aplicação da aromaterapia, a CEO da Fórmula Animal
ressalta que os animais possuem o olfato muito mais apurado que os humanos,
assim como sensibilidade de pele. Por isso, os óleos essenciais não devem ser
utilizados no rosto, nos olhos e no nariz. “O ideal é que a aplicação seja
feita na parte interna das orelhas ou na nuca do pet, dando preferência para a
região com menos pelo. Além disso, é importante sempre buscar uma farmácia de manipulação
qualificada, para que o produto seja preparado na dosagem certa, de acordo com
a necessidade do animal”, finaliza Renata.
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