quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Dia da tuberculose: número de casos aumentaram durante a pandemia da COVID-19

Especialistas explicam as causas, sintomas, tratamentos possíveis e a importância do diagnóstico precoce 

 

A tuberculose é frequentemente vista como uma doença do passado. No entanto, é uma das mais infecciosas do mundo. Durante a pandemia, de acordo com o Ministério da Saúde, o número de casos da doença cresceu e estima-se que 10,6 milhões de pessoas ficaram doentes por tuberculose em 2021, um aumento de 4,5% em relação a 2020, registrando números acima da média de 6 milhões de novos casos em todo o mundo.  

Dia 17 de novembro é celebrado o Dia Nacional do Combate à Tuberculose, que tem o objetivo de alertar a população para a prevenção e o tratamento da doença, quarta maior causadora de mortes entre os males infecciosos no País. De acordo com relatório publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil ocupa a 20ª posição entre os locais com maior incidência de transmissão.  

Mas como a enfermidade surge? A doença é causada por uma bactéria (Mycobacterium Tuberculosis) que afeta com mais frequência os pulmões, mas pode infectar qualquer parte do corpo, incluindo os ossos e o sistema nervoso.  

De acordo com o pneumologista do Hospital São Francisco de Brasília, Eduardo Cartaxo, a tuberculose é uma doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria e tem como sintomas: tosse seca com presença de secreção, cansaço excessivo, fraqueza, palidez, rouquidão e febre. O especialista destaca que os sintomas da doença podem ser confundidos com outras enfermidades, por isso é importante ficar sempre atento.  

“A Tuberculose hoje é de mais fácil diagnóstico e tratamento, o que não acontecia no passado. O diagnóstico depende do órgão acometido. A forma mais comum é a Tuberculose pulmonar diagnosticada com exame de ‘escarro’. Pessoas com tosse há mais de 3 semanas, com catarro e/ou sangue devem fazer avaliação médica e exames necessários. Quanto mais cedo é feito o diagnóstico e o tratamento, mais eficaz e menor a possibilidade de transmissão da doença”, destaca o especialista.  

De acordo com o infectologista do mesmo hospital, Henrique Marconi, a doença é transmitida pelo ar, de pessoa para pessoa, quando o indivíduo infectado tosse, fala, cospe ou espirra. Marconi conta ainda como é o período de recuperação e que sim, a doença tem cura se todas as recomendações forem seguidas e o acompanhamento realizado.  

“O tratamento para tuberculose sem complicações leva, no mínimo, seis meses e, na maior parte dos casos, é feito com quatro antibióticos de primeira linha. Quando os pacientes são resistentes a esses antibióticos, considera-se que eles tenham desenvolvido a TB-MDR (tuberculose multirresistente a medicamentos)”, finaliza o médico do Hospital São Francisco de Brasília.


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