sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Casos de Covid-19 voltam a crescer em Curitiba: saiba como se proteger

Professor dos cursos de Saúde do UniCuritiba faz orientações para evitar que o avanço da doença atrapalhe as festas de fim de ano

 

A Covid-19 voltou a preocupar as autoridades sanitárias após o aumento recente de casos da doença em mais de 20 estados brasileiros. Em novembro, a média móvel no Brasil subiu 77% em 14 dias, voltando à casa de quase 10 mil casos. A média móvel é usada para acompanhar as tendências de comportamento da doença e nortear ações de saúde pública.

No feriadão da Proclamação da República foram contabilizados 5,5 mil novos casos de Covid-19 no país. Curitiba segue o viés de alta. De acordo com dados do Painel Covid-19 divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde, em 31 de outubro a média móvel era de 78,57 casos. Em 10 de novembro, esse índice subiu para 223,57.

Mesmo que a gravidade dos casos e o número de mortes sejam infinitamente inferiores aos registrados durante o pico da pandemia, a proximidade das festas de fim de ano e as viagens de férias aumentam a preocupação. Outro fator é a confirmação de novas cepas em circulação no Brasil, como a BQ.1.1 e a BE.9 – mutação da subvariante BA.5 da Ômicron.

Especialista em biologia celular e estudioso de temas que envolvem saúde pública, o biólogo Carlos de Almeida Barbosa explica que agentes virais têm como característica o desenvolvimento de novas cepas, mas a confirmação da chegada dessas variantes no Brasil não é motivo para alarde.

“Uma das causas do aumento de casos de Covid-19 pode estar relacionada à baixa procura das doses de reforço da vacina. É muito importante que as pessoas busquem as unidades de saúde para completar o esquema vacinal”, orienta Barbosa, professor dos cursos de Saúde do UniCuritiba – instituição que faz parte da Ânima Educação, uma das maiores organizações de ensino superior do país.

No Brasil, dados do Ministério da Saúde mostram que mais de 69 milhões de brasileiros ainda não tomaram a primeira dose de reforço e quase 33 milhões já deveriam ter procurado um local de vacinação para receber a segunda dose de reforço.

Em Curitiba foram aplicadas mais de 4,9 milhões de vacinas, segundo levantamento da Secretaria Municipal de Saúde, mas o índice de cobertura das doses de reforço não chega a 70% na população com 12 anos ou mais.


De volta às máscaras

De acordo com o professor Carlos de Almeida Barbosa, é importante que as pessoas retomem alguns cuidados para evitar a disseminação do vírus e o surgimento de uma nova onda de Covid-19. “Com a proximidade das festas de fim de ano é preciso um pouco mais de cautela, evitando inclusive as aglomerações. A retomada do uso de máscaras e de álcool em gel é uma boa estratégia”, ensina.

O Ministério da Saúde informa que não há, até o momento, indicativos de aumento na gravidade da doença, mas reforça a importância dos cuidados com a prevenção, como a higiene frequente das mãos com água e sabão ou álcool em gel 70% e o uso máscaras em ambientes fechados, com pouca ventilação, locais com aglomeração ou em unidades de saúde.

 

UniCuritiba

 

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