Professor dos cursos de Saúde do UniCuritiba faz
orientações para evitar que o avanço da doença atrapalhe as festas de fim de
ano
A Covid-19 voltou a
preocupar as autoridades sanitárias após o aumento recente de casos da doença
em mais de 20 estados brasileiros. Em novembro, a média móvel no Brasil subiu
77% em 14 dias, voltando à casa de quase 10 mil casos. A média móvel é usada
para acompanhar as tendências de comportamento da doença e nortear ações de
saúde pública.
No feriadão da Proclamação
da República foram contabilizados 5,5 mil novos casos de Covid-19 no país.
Curitiba segue o viés de alta. De acordo com dados do Painel Covid-19
divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde, em 31 de outubro a média móvel
era de 78,57 casos. Em 10 de novembro, esse índice subiu para 223,57.
Mesmo que a gravidade dos
casos e o número de mortes sejam infinitamente inferiores aos registrados
durante o pico da pandemia, a proximidade das festas de fim de ano e as viagens
de férias aumentam a preocupação. Outro fator é a confirmação de novas cepas em
circulação no Brasil, como a BQ.1.1 e a BE.9 – mutação da subvariante BA.5 da
Ômicron.
Especialista em biologia
celular e estudioso de temas que envolvem saúde pública, o biólogo Carlos de
Almeida Barbosa explica que agentes virais têm como característica o
desenvolvimento de novas cepas, mas a confirmação da chegada dessas variantes
no Brasil não é motivo para alarde.
“Uma das causas do aumento
de casos de Covid-19 pode estar relacionada à baixa procura das doses de
reforço da vacina. É muito importante que as pessoas busquem as unidades de
saúde para completar o esquema vacinal”, orienta Barbosa, professor dos cursos
de Saúde do UniCuritiba – instituição que faz parte da Ânima Educação, uma das
maiores organizações de ensino superior do país.
No Brasil, dados do
Ministério da Saúde mostram que mais de 69 milhões de brasileiros ainda não
tomaram a primeira dose de reforço e quase 33 milhões já deveriam ter procurado
um local de vacinação para receber a segunda dose de reforço.
Em Curitiba foram aplicadas
mais de 4,9 milhões de vacinas, segundo levantamento da Secretaria Municipal de
Saúde, mas o índice de cobertura das doses de reforço não chega a 70% na
população com 12 anos ou mais.
De volta às máscaras
De acordo com o professor
Carlos de Almeida Barbosa, é importante que as pessoas retomem alguns cuidados
para evitar a disseminação do vírus e o surgimento de uma nova onda de
Covid-19. “Com a proximidade das festas de fim de ano é preciso um pouco mais de
cautela, evitando inclusive as aglomerações. A retomada do uso de máscaras e de
álcool em gel é uma boa estratégia”, ensina.
O Ministério da Saúde
informa que não há, até o momento, indicativos de aumento na gravidade da
doença, mas reforça a importância dos cuidados com a prevenção, como a higiene
frequente das mãos com água e sabão ou álcool em gel 70% e o uso máscaras em
ambientes fechados, com pouca ventilação, locais com aglomeração ou em unidades
de saúde.
UniCuritiba
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