Estudo
CX Trends Latam 2022, feito pela Zendesk, mostra que 60% dos consumidores
migram para a concorrência após uma experiência ruim. Além disso, há discrepância
na percepção de varejistas e consumidores sobre o temaFreepik
Todos os dias, milhares de reclamações de
consumidores são registradas em sites especializados ou nos canais de
atendimento ao cliente das empresas. As redes de varejo são campeãs nesse
quesito, e muitas partem dessa ponte entre consumidor e empresa para entender
em qual momento estão falhando.
Atraso na entrega, produtos diferentes do prometido
e dificuldade de troca são as principais queixas que engrossam a lista de
insatisfeitos. Dados levantados pelo estudo CX Trends Latam 2022, realizado
pela Zendesk, mostram que 60% dos consumidores acabam procurando a concorrência
após passar por uma experiência ruim no varejo.
O relatório que indica tendências em experiência do
cliente na América Latina mostra também que boa parte dos consumidores espera
melhores padrões de atendimento após a crise do ano de 2021. De forma resumida,
o levantamento mostra que há uma discrepância na percepção dos varejistas e dos
consumidores sobre o assunto.
Impressionar clientes mais jovens é uma tarefa
ainda mais difícil. Millenials e jovens da geração Z (nascidos a partir da
década de 1990) tendem a ter opiniões muito mais fortes sobre como deve ser uma
boa experiência do cliente e são mais críticos em relação a empresas que não
correspondem a essa expectativa.
Veja outros insights:
1 - A EMPRESA NÃO TEM UMA LIDERANÇA QUE SE
RESPONSABILIZE PELO SAC
Apesar de 70% das organizações verem uma conexão
direta entre atendimento ao cliente e desempenho, 40% dizem que a área não é
priorizada por sua equipe executiva. Além disso, 44% dos varejistas afirmam que
ainda não possuem um executivo que se responsabilize por isso, e apenas 18% das
marcas de varejo acompanham e estudam as métricas de atendimento ao cliente no
dia a dia.
2 - O SAC NÃO SE
COMUNICA COM NATURALIDADE
A pesquisa mostra também que conversas
descontraídas costumam funcionam melhor, pois mais de 70% dos clientes esperam
um serviço conversacional sempre que interagem com uma marca. Isso significa
interações humanas com gifs, emojis, fotos e vídeos. No momento, apenas 40% das
empresas fazem isso.
3 - NÃO SE ATENTAR ÀS EXPECTATIVAS DO CLIENTE
Mais de 60% dos consumidores dizem que a crise
estabelecida pela pandemia elevou o padrão de atendimento ao cliente, mas 54%
sentem que as organizações ainda o tratam como algo secundário.
4 - O SAC NÃO VALORIZA O POTENCIAL DOS DADOS
62% das empresas atribuem notas altas para o seu
próprio serviço de atendimento, entretanto, apenas 20% afirmam que visualizam
as métricas de atendimento ao cliente diariamente. 40% dizem que só veem os
dados uma vez por mês, ou até com menos frequência.
5 - O SAC AINDA NÃO É UMA REALIDADE OFICIALIZADA
54% das empresas afirmam ter um plano estratégico
de três anos para o atendimento ao cliente. Esse número reflete que pouco menos
da metade dessas empresas ainda não tem um planejamento nesse sentido.
6 - A EMPRESA NÃO CRIA UMA CONEXÃO DIRETA ENTRE O
ATENDIMENTO AO CLIENTE E O DESEMPENHO DO NEGÓCIO
71% dos líderes relatam que seus agentes de SAC são
essenciais para impulsionar as vendas, e 83% dos executivos do setor de varejo
têm consciência de que os agentes desempenham um papel muito importante na
retenção de clientes. Mas 40% dizem não ter uma liderança para fazer a ligação
entre as equipes de suporte e o impacto nos resultados financeiros.
https://dcomercio.com.br/publicacao/s/6-situacoes-que-revelam-problemas-no-atendimento-ao-cliente
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