Com o novo formato de currículo, vigente a partir de 2022,
jovens tendem a ficar mais engajados e terão benefícios nos vestibulares
O modelo tradicional de ensino, marcado por
um excesso de aulas expositivas, não condizia com o ritmo do mundo contemporâneo.
Nele, os jovens não sentiam uma conexão forte com o ensino e, assim, deixavam
as tarefas e a atenção pelas lições de lado. Foi por esse motivo que ocorreu a
transição para o que chamamos de novo Ensino Médio (a partir da reforma
proposta pela Lei nº 13.415/2017), obrigatório e oficial em todo o Brasil a
partir de 2022 – com a alteração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional.
Com uma nova estrutura e possibilidades mais
amplas, o estudante consegue adaptar o próprio currículo de acordo com seus
interesses pessoais e, inclusive, pode se formar na escola já tendo um
conhecimento técnico. Sobre as novidades, Henrique Braga, coordenador do Ensino
Médio do Sistema Anglo, explica: "A ideia é dar mais sentido à escola,
relacionar e conectar mais o ensino com o projeto de vida dos alunos."
Problemas
do antigo Ensino Médio
No que hoje já se pode chamar de antigo
Ensino Médio, as individualidades e o bem-estar dos estudantes eram
desconsiderados no planejamento de aulas. Todos realizavam a mesma grade
horária que, seguindo metodologias tradicionais, não cativava o interesse de
grande parte da turma. Nesse contexto, eram nítidas duas consequências
negativas: a evasão escolar e a queda no desempenho acadêmico.
De fato, a evasão está muito associada a
fatores socioeconômicos, mas, na rede privada, a desconexão entre o jovem e o
conteúdo era o principal ou único fator. Em alguns casos, não visualizar a
importância daquelas matérias levava à queda do desempenho, influenciada também
pelo formato das aulas, visto como cansativo pelas classes.
As
vantagens do novo Ensino Médio
O novo currículo é dividido em duas partes: a
formação geral básica, comum e indispensável para todos, e os itinerários
formativos, componentes eletivos que buscam impulsionar as forças do estudante.
Nesse quadro, os jovens aprenderão o essencial de todas as disciplinas, porém
podem dedicar mais tempo e estudo às áreas que têm mais interesse.
Essa dinâmica, que permite um aprofundamento
em pontos específicos, traz mais engajamento para o processo de aprendizagem
como um todo. "Para um aluno no primeiro ano do Ensino Médio, momento em
que o Enem e o vestibular são um futuro distante, a escola passa a fazer mais
sentido. Por conta disso, as aprendizagens vão ser mais sólidas, e isso acaba
tendo um efeito no desempenho no exame."
No último ano da escola, aqueles que se
dedicaram aos itinerários terão mais certeza de suas afinidades e, inclusive,
de qual carreira deseja seguir. O conhecimento adquirido também será um
destaque nos vestibulares e, dependendo do caso, no início da vida
profissional, podendo realçar o currículo do jovem.
Enem
"O novo Ensino Médio impulsiona a
necessidade de contextualização dos saberes, que é o que o Enem vem fazendo
desde as primeiras provas", explica Braga. Esse alinhamento existe tanto
com o Enem antigo, como com o novo formato, que passará a ser vigente em 2024.
Outra vantagem que também se aplica aos dois
exames é, justamente, o método avaliativo. Quando as questões são transformadas
em uma nota para o Sisu, que define a classificação do candidato diante da vaga
desejada, o estudante, por ter se aprofundado mais nos conteúdos de sua
escolha, terá uma nota maior nas áreas com maior peso.
O estudante que tiver um bom desenvolvimento
dos itinerários formativos terá um desempenho claramente positivo no Enem 2024.
A prova será distribuída em dois dias: o primeiro voltado para os componentes
da formação geral básica, comum a todos, e o segundo avaliando os itinerários.
Nesse segundo dia, o candidato pode escolher entre quatro provas distintas,
devendo selecionar a que apresenta mais afinidade com o curso superior
almejado.
Anglo
https://www.aquitemanglo.com.br/
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