sábado, 29 de outubro de 2022

Como lidar com a ansiedade de separação dos cães?

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A condição gera desconfortos para o tutor e problemas para o pet, mas pode ser controlada e até mesmo evitada


Os cães são conhecidos por seu companheirismo e vínculo estreito com o tutor, mas quando estas características passam a ser excessivas elas se tornam um problema no momento em que estes pets precisam ficar em casa sozinhos, sem sua família humana. Comportamentos destrutivos, latidos ou uivos constantes, assim como o ato de fazer suas necessidades fisiológicas (xixi e cocô) pela casa quando estão sozinhos são sinais de que o pet sofre de ansiedade de separação.

“Ansiedade de separação é uma condição importante, que gera desconforto para o tutor, que precisa lidar com reclamações de vizinhos devido ao barulho, limpar sujeira em locais impróprios e arcar com reparo ou substituição de objetos destruídos, e traz problemas para o pet, que podem se machucar em portas, portões, ou até mesmo com os objetos da casa”, explica Nathalia Fleming, médica-veterinária gerente de produto de pets da Ceva Saúde Animal.

A profissional conta que estas crises também podem acontecer quando o pet precisa ficar apenas poucos minutos sozinho, como quando o tutor precisa retirar o lixo, ou quando o pet precisa esperá-lo do lado de fora de algum comércio ou dentro do carro, mesmo acompanhado de outros humanos.

Os sinais da ansiedade de separação variam dos mais óbvios aos menos aparentes: “Uivar, chorar, andar em círculos, latir por períodos prolongados, babar excessivamente, ficar ofegante sem esforço físico, destruir móveis, arranhar as portas ou paredes, arrancar o próprio pelo... Todos estes são sinais claros da ansiedade de separação, mas existem outros que passam despercebidos, como por exemplo o pet que segue o tutor o tempo todo e em todos os cômodos, que pede muito contato físico e atenção, e que fica triste e retraído quando o tutor se prepara para sair...”, Nathalia elucida.

 

É possível evitar essa condição?

De acordo com Nathalia, incentivar a independência do pet é a melhor maneira de evitar a ansiedade de separação, e deve começar desde filhote. Não estar disponível para o pet o tempo todo, demonstrando estar concentrado em outras tarefas quando o cão traz algum brinquedo e estimular que ele brinque sozinho é uma estratégia válida para que ele construa essa independência. Da mesma forma em que não prolongar as despedidas e nem comemorar demais os retornos ao lar faz com que o pet entenda que aquilo não é um evento especial e sim parte de sua rotina.

Nas ausências prolongadas, garanta que o pet passará o dia em um ambiente que o mantenha entretido, com objetos e brinquedos que ele goste. Alguns brinquedos interativos que “recompensem” com ração ou petiscos são excelentes para estes momentos.

“Criar uma rotina diária de passeios e brincadeiras com o pet também traz mais segurança para o animal, que tem uma certa previsibilidade das coisas que irão acontecer ao longo do dia”, explica.

 

E quando o pet já sofre com a ansiedade de separação, é possível resolver?

Certas ferramentas podem auxiliar o pet e o tutor a lidarem melhor com a ansiedade de separação. Promover atividades que cansem o cão momentos antes da ausência do tutor pode colaborar para que o pet se sinta cansado e durma quando ficar sozinho. O adestramento também ajuda a condicionar os cães a lidarem melhor com a separação do tutor.

“Hoje, no mercado, existe uma gama de produtos que auxiliam no bem-estar do pet nestes momentos. Um exemplo são os análogos sintéticos do odor materno canino, que simulam os feromônios emitidos pelas cadelas durante a amamentação e ajudam o cão, independente de sua idade, a se sentir calmo e confortável, capaz de se adaptar às situações estressantes do dia a dia”, Nathalia conta. “Além de serem ótimos para os cães e realmente mostrarem um ótimo resultado nos cães que passam por essa questão da ansiedade, são muito práticos para os tutores, principalmente os que funcionam como difusores de tomada”.

Se nada disso ajuda o seu cão à superar este problema, o auxílio de um médico-veterinário especializado em comportamento animal é recomendado.

 

Ceva Saúde Animal

www.ceva.com.br

 

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