Dados do Instituto Nacional do Câncer estima aproximadamente 12 mil novos casos por ano
Segundo dados da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), estima-se que 70% da população mundial não sabe o que são linfomas. Com o objetivo de espalhar conhecimento sobre a importância de identificar precocemente seus sintomas, facilitando o tratamento, foi criado o Dia Mundial de Conscientização sobre Linfomas, em 15 de setembro.
O linfoma surge quando ocorrem mutações em células do sistema linfático, que é responsável pela produção e transporte de glóbulos brancos, que constituem a defesa do nosso corpo contra infecções. A doença se mostra mais comum em pacientes que tenham entre 15 e 30 anos de idade e naqueles acima dos 60 anos.
O câncer pode ser dividido em dois tipos: linfoma de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin. Os dois diferem entre si devido ao comportamento, grau de agressividade, resposta à terapia e sinais distintos.
O Linfoma de Hodgkin se caracteriza pela presença da célula de Reed-Sternberg. O Linfoma Não-Hodgkin é aquele grupo de neoplasias dos linfócitos que não possuem essa célula específica, e há dezenas de variedades, cada uma com um comportamento e um tratamento próprio.
Os principais sintomas causados pela presença do tumor em forma de nódulos são resultado da doença comprimindo, apertando outros órgãos, aparecendo a simples vista ou ao exame físico por palpação.
“Quando a doença se localiza em outros tecidos, podem surgir, por exemplo, sintomas como alterações digestivas, lesões de pele, baixas contagens de glóbulos vermelhos ou brancos e das plaquetas”, explica Laura Yolanda Chialanza Garcia, médica hematologista pela FMUSP e Gerente Médica da Hematologia na Zodiac, subsidiária do grupo Adium no Brasil, que promove soluções inovadoras nas áreas de Oncologia, Hematologia, Músculo Esquelética, Dor, Urologia e Ginecologia.
Os sintomas gerais, resultantes de substâncias liberadas pelo linfoma, incluem sudorese excessiva à noite, febre diária ao final da tarde, coceira pelo corpo e emagrecimento sem causa aparente. A hematologista ressalta que “esses sintomas podem acontecer em muitas doenças diferentes, em sua maior parte benignas, e que o diagnóstico só é feito com a associação do quadro clínico e dos exames, e após a avaliação de um médico especialista”.
O diagnóstico por exames depende, fundamentalmente, da realização de uma biópsia do local da doença. Os exames radiológicos, como a tomografia computadorizada e o PET-Scan, são úteis para saber a extensão da doença e adicionados a exames de sangue e, por vezes, de medula óssea, auxiliam o corpo médico a planejar e acompanhar o tratamento.
O linfoma é altamente curável com um diagnóstico e uma boa assistência inicial, o tratamento varia entre os subtipos, e alguns casos não necessitam de tratamento sendo realizado apenas acompanhamento médico, e até mesmo formas da doença que podem necessitar de quimioterapia, imunoterapia, tratamentos com medicamentos orais anticâncer, radioterapia, transplante de medula óssea ou terapia celular.
“A taxa de resposta ao tratamento dependerá do tipo de linfoma e de sua biologia, além das características do paciente em termos da presença de outras doenças e das condições gerais, que definem a tolerância do paciente ao tipo de tratamento proposto. Há pacientes que nunca irão ficar curados do linfoma, porém conviverão com a doença por toda a vida, sem maiores problemas, e outros indivíduos podem obter a cura completa e nunca mais terem retorno do linfoma”, destaca Garcia.
Não
há uma prevenção específica para o linfoma, nem exames para detectar a doença
precocemente como é indicado em tumores sólidos como os cânceres de mama e
próstata, embora seja recomendado manter os hábitos de uma vida saudável.
Porém, há linfomas com componente hereditário, além dos relacionados a quadros
infecciosos como, por exemplo a infecção pelo HIV, a hepatite C e a infecção
pelo helicobacter pylori, uma bactéria comumente associada ao surgimento de
gastrite.
ADIUM
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