sexta-feira, 16 de setembro de 2022

5 características que chamam a atenção dos headhunters ao buscar executivos C-Level

Cadu Altona, sócio fundador da EXEC, aponta itens como capacidade de aprendizagem, visão estratégica, mindset digital, comunicação eficaz e orientação para resultados 

 

Buscar um executivo para ocupar a cadeira de liderança em uma empresa nos dias atuais é uma tarefa desafiadora.  As características buscadas em um candidato para uma vaga C-Level estão em constante mudança. Casar as necessidades da empresa que tem a vaga disponível com o perfil e os anseios de um possível candidato requer um olhar apurado e sensível dos headhunters.

De acordo com Cadu Altona, sócio fundador da EXEC, consultoria especializada em Executive Search, a capacidade de aprendizagem é algo valorizado pelos profissionais que buscam grandes talentos no mercado executivo. “O mundo que a gente vive muda muito rápido. O advento da tecnologia transformou completamente a maneira como as empresas se relacionam com o consumidor, as suas experiências, assim como o modelo de negócios das empresas e como elas constroem suas marcas”.

Em relação à liderança, Altona destaca que os headhunters buscam executivos que tenham as características clássicas de um líder, mas atualmente alguém também com mindset digital avançado. “É solicitado do líder atual que ele seja um promotor da adoção da tecnologia, que ele incentive a inovação, que trabalhe com metodologias ágeis e conheça as principais ferramentas disponíveis”.

Com larga experiência no mercado de vagas para executivos e uma vivência diária na busca por executivos para ocupar altos cargos de liderança, o sócio fundador da EXEC elenca cinco características que fazem brilhar os olhos dos headhunters quando eles avaliam um profissional. 

  1. Learning agility (ou rápida capacidade de aprendizado). De acordo com Altona, ter uma forte capacidade de aprendizagem é crucial para viver em um mundo que se transforma a cada momento.  
  1. Ter visão estratégica. Em relação a essa segunda característica, o sócio fundador da EXEC aponta a importância de estar preparado para lidar com as crises econômicas e até mesmo corporativas. “Ao longo dos últimos anos, tivemos que conviver com uma crise atrás da outra e a forma como os executivos lidaram com elas foi diferente a cada fase. Uma crise prepara a empresa para o próximo ciclo”.


Altona enfatiza que a capacidade de síntese e priorização é algo importante para líderes de alto escalão. “Eles devem priorizar os principais problemas a serem solucionados e, principalmente, ter visão de futuro para entender quais as oportunidades efetivamente mais relevantes a serem exploradas”.
 

  1. Ser um líder inclusivo. Altona destaca que um líder moderno deve ser inclusivo, capaz de construir um ambiente diverso, com equidade e inclusão. “Alguém que realmente sabe lidar com diferentes gerações, que muitas vezes estão em um mesmo time, com comportamentos e propósitos diversos. E como ele consegue administrar tudo isso, acolher e engajar o grupo é realmente um grande diferencial”. 
  1. Ter capacidade para se comunicar. A capacidade de comunicação está ligada a como um líder consegue engajar seus colaboradores. “Hoje em dia, espera-se que um líder não somente entregue resultado, mas também gere impacto, sendo este muito conectado com o propósito das pessoas. E hoje em dia, em um ambiente no qual os líderes têm um contato presencial menos intenso com seus colaboradores, a estratégia de comunicação é chave para continuar construindo empatia e gerar engajamento, além de garantir que todos caminhem na direção correta”, avalia Altona. 
  1. Ser orientado para resultados. Um mundo extremamente competitivo, com alto senso de urgência, pede que os líderes tenham claro quais são os resultados que eles conseguem entregar, segundo o fundador da EXEC. No entanto, é preciso dar um passo além desse caminho. “É preciso ser um executivo que consiga criar uma cultura de gestão de desempenho, com a definição de metas claras e seus desdobramentos para as diversas instâncias da organização. Além disso, é fundamental ter a capacidade de acompanhar indicadores e de fazer mudança de rota, caso o resultado não esteja indo pela direção esperada”.

 

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