Método não se restringe a jardinagem e
conecta mente e corpo, ajudando no controle da ansiedade e no bem estar em
geral, explica psiquiatra da Revitalis Crédito: canva
O estresse e a ansiedade estão muito
presentes na vida das pessoas hoje e podem ser muito prejudiciais,
principalmente para a saúde mental. De acordo com estudo recente realizado pela
Isma-BR (Associação Internacional de Gerenciamento de Estresse Brasil), 70% da
população ativa do Brasil já apresentou ou apresenta sintomas de estresse. A
boa notícia é que existem muitas formas de controlar esse problema, e uma delas
é a hortoterapia.
De acordo com o Dr. Sergio Rocha, médico psiquiatra e
diretor da Clínica Revitalis, a hortoterapia, em junção ao apoio médico, pode
ser considerada uma boa alternativa para tratar complicações mentais. “O ato de
cuidar de plantas traz muitos benefícios para a saúde mental, mas é importante
pontuar que isso não exclui a necessidade de acompanhamento médico, ainda mais
em casos graves”, explica.
A prática dos cuidados com a horta é saudável,
indicada para todas as idades e para todos os tipos de pessoas, até mesmo
aquelas que não apresentam nenhum tipo de transtorno mental. “Os benefícios são
inúmeros, além de ser uma atividade acessível e barata quando comparada a
outros métodos terapêuticos”, diz ele.
Pensando nisso, o Dr. Sérgio listou
benefícios desta atividade simples, porém poderosa para a saúde mental:
Estimulando a
paciência
Paciência é uma virtude que nem todas
as pessoas possuem, e praticá-la é aprender a controlar também a ansiedade e o
estresse. “A hortoterapia é importante para a formação de uma
postura de autoconhecimento, pois para qualquer planta crescer, há processos
que não podem ser ultrapassados. É preciso esperar, logo, podemos ajudar na
reestruturação da percepção de passagem de tempo dos pacientes, o que é ótimo
para controle de impulsos e regulação de ansiedade.”, diz o Dr. Rocha.
Integração social
Assim como diversas atividades, a
hortoterapia ajuda na integração social, algo extremamente importante para a
saúde mental, já que estar com pessoas e se comunicar é uma forma de cuidar
dessa questão. “Tanto que, quando a pessoa se isola, tem mais tendência a
sofrer com transtornos como ansiedade e depressão”, exemplifica o médico.
Os seres humanos são sociais por
natureza e precisam estar inseridos em um grupo. “Nos juntamos com pessoas que
possuem ideais em comum com os nossos. Há muitos amantes de plantas, desde
comunidades em redes sociais, workshops e até congressos sobre o mundo que as
envolve”, explica o psiquiatra.
“Quando um indivíduo começa o hábito da
hortoterapia e se interessa por ele, irá encontrar pessoas com seus mesmos
interesses, o que gera um processo de socialização”, completa ele.
Promoção da
atividade física
A prática de atividade física tem
ligação direta com a saúde mental. Sabe-se que fazer exercícios é uma ótima
forma de prevenir transtornos psiquiátricos, além de fazer bem para a saúde de
uma forma geral. “A hortoterapia melhora a coordenação de todos que se utilizam
do método, como também aperfeiçoa suas habilidades motoras. O contato com a
natureza evolui, também, a imunidade física e reduz a frequência cardíaca”,
explica o Dr. Rocha.
Isso significa que podemos incluir a
hortoterapia como uma atividade física, afinal, quando falamos em exercício
físico, estamos nos referindo a atividades que vão além dos esportes de alta
performance.
Estímulo da mente
A partir do momento em que o indivíduo
acompanha os processos naturais das plantas, começa a exercitar o cérebro de
modo que a mente não estagne. Para pessoas ansiosas, por exemplo, a
hortoterapia ocupa a cabeça quando substitui pensamentos dolorosos por questões
da natureza, como o desenvolvimento de projetos verdes.
“Além disso, ao adentrar no cenário da
hidroterapia, novos conceitos e ensinamentos serão desbloqueados. Esse tipo de
cuidado é um aprendizado em diversas áreas”, finaliza o médico psiquiatra.
Dr. Sérgio
Rocha - Médico
especialista em Psiquiatria, fez residência médica pela Marinha em 2006. Em
2007 fez pós graduação latu sensu em Psiquiatria pela PUC-Rio, sendo convidado
em 2009 para ser professor de psicofarmacologia e coordenador da pós-graduação
em Psiquiatria da PUC-Rio, atuando assim até 2017. Também é mestre em
Neurociências pela IAEU, BAR -- Espanha (2015), especialista em Dependência
Química pela UNIFESP (2017) e pós graduado em Psicopatologia Fenomenologica
pela Santa Case de São Paulo (2019). Atuou na Clínica Revitalis como Diretor
Técnico desde sua fundação em 2013.
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