A deepfake é uma evolução das fakenews, quando os criadores de uma falsidade usam de tecnologia de áudio e vídeo, manipulada por meio de inteligência artificial (IA), para forjar vídeos totalmente novos. Segundo Marcelo Crespo, coordenador do curso de Direito da ESPM e especialista em Direito Digital, a prática está cada vez mais profissionalizada e pode ser um grande problema para as eleições. O artifício pode enganar muitas pessoas simultaneamente, que geralmente são conteúdos que buscam atingir emoções e fazem com que os conteúdos sejam ainda mais replicados.
“Identificar a falsidade nem sempre é fácil, mas
pode ser feita com comparação do conteúdo com outros pesquisados na internet.
Também se sugere a verificação de agências de checagem e, ainda, sempre
desconfiar de vídeos e áudios polêmicos”, ressalta Crespo.
O especialista sinaliza que em termos eleitorais, o
Código Eleitoral pune as fakenews eleitorais nas condutas de quem divulgar na
propaganda eleitoral, ou durante período de campanha eleitoral, fatos
inverídicos sobre partidos ou candidatos. “Isso pode significar penas de detenção
de dois meses a um ano, ou pagamento de multa. Também são punidos da mesma
forma aqueles que produzem, oferecem e vendem vídeos do mesmo tipo”, conclui.
Marcelo Crespo - especialista
em Direito Digital e coordenador do curso de Direito da ESPM.
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