Campanha alerta sobre a importância de prevenção e diagnóstico precoce do câncer que mais mata no mundo
Agosto é o mês mundial da luta contra o câncer de
pulmão, o segundo tipo de câncer mais comum entre homens e mulheres no Brasil e
o primeiro no mundo desde 1985.1 A Organização Mundial da Saúde
(OMS) estima que esse número pode alcançar a marca de 3,01 milhões de mortes em
2040 — o que seria um aumento de 66,7% em relação a 2020.2
No Brasil, a ocorrência desta doença cresce cerca de 2% ao ano e, em 2022,
estima-se que mais de 30 mil brasileiros serão diagnosticados. O câncer de
pulmão pode ser classificado em dois tipos: Câncer de Pulmão de Pequenas
Células (CPPC) e Câncer de Pulmão de Não Pequenas Células (CPNPC), sendo o
segundo responsável por 85% dos casos.3,4
Diante deste cenário, com o propósito de
conscientizar a população sobre a importância do cuidado com a saúde e
diagnóstico precoce, a AstraZeneca lançou a campanha Inspire Cuidado, Respire
Vida.
A ação tem o objetivo de promover mais conhecimento
sobre a doença por meio de informação. A farmacêutica busca conscientizar a
população a estar alerta aos sinais do corpo e, principalmente, aos pacientes
oncológicos, que não negligenciem o tratamento.
Nem sempre associado ao
tabagismo
O tabagismo e a exposição passiva ao tabaco são
importantes fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de pulmão. Em
cerca de 85% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao
consumo de derivados de tabaco.1
Contudo, o fumo não é o único fator de risco,
outros fatores relacionados com a doença incluem: poluição, exposição à
radiação (como a que sofrem os trabalhadores de minas de urânio) e ao amianto
(fibras usadas como isolantes térmicos em alguns países). Apesar do menor
risco, é preciso levar em conta os fumantes passivos, que são as pessoas que
não fumam, mas que ficam próximas de fumantes.6
Além disso, o câncer de pulmão também pode ter
origem genética.9 As mutações que podem elevar o risco de câncer se
dão por meio de uma alteração no DNA da célula, algumas são classificadas como
mutações “drivers”, ou seja, alterações com poder de desencadear o processo de
tumorigênese (desenvolvimento do tumor). 5,8
Por isso, é preciso testar pacientes não tabagistas
e identificar se existe alguma alteração e de qual se trata. Afinal, todo
câncer tem nome e sobrenome, e a medicina personalizada tem avançado e
promovido soluções de tratamento para cada um deles. 10
Prevenção e diagnóstico
precoce
A detecção precoce do câncer de pulmão possibilita
mais formas de tratamentos, e em alguns casos até a cura. Descobrir o câncer
nas fases iniciais é fundamental, sendo fator importante no desfecho da doença.
Hoje, 8 em cada dez pacientes diagnosticados com câncer de pulmão no estágio
mais inicial -- o estágio I -- estão vivos e livres de doença após 5 anos do
diagnóstico. Devido às características da doença, as chances de sobrevida reduzem
conforme o diagnóstico é realizado mais tardiamente.1
É essencial manter a rotina clínica, de olho no
aparecimento de sinais. Os sintomas incluem: tosse persistente, escarro com
sangue, dor no peito, rouquidão, piora da falta de ar, perda de peso e de
apetite, pneumonia recorrente ou bronquite, cansaço e fraqueza. É de extrema
importância que ao persistirem os sintomas um médico especialista seja
consultado.
Não existe apenas um
tratamento
Uma vez confirmado se tratar de câncer de pulmão, o
tratamento difere dependendo do tipo de câncer. Os especialistas precisam
considerar diversos aspectos da doença como, por exemplo, as condições clínicas
e o estágio, além da sua mutação, quando é o caso.7
O tratamento do câncer está cada vez mais
personalizado, e a depender dos aspectos da doença e do paciente, os médicos
podem indicar o tratamento mais assertivo. A terapia-alvo, por exemplo,
baseia-se na ação dos medicamentos exclusivamente, ou quase exclusivamente,
direcionados às moléculas específicas das células tumorais, reduzindo assim
suas atividades sobre as células saudáveis e os efeitos colaterais, promovendo
mais qualidade de vida ao paciente. 10
Referências
1- Link
2- Link
3-
Rodriguez-Canalez J PCEWI. Lung Cancer. Reckamp KL, editor. Vol. 170. Cham:
Springer International Publishing; 2016.
4-
Lukeman JM. What Is Lung Cancer? In: Perspectives in Lung Cancer. S. Karger AG;
p. 30--40.
5- Link
6 - Link
7 - Link
8- Link
9-
Testa, Ugo, Germana Castelli, and Elvira Pelosi. “Lung cancers: molecular
characterization, clonal heterogeneity and evolution, and cancer stem cells.”
Cancers 10.8 (2018): 248.
10 - Link
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