O
Fundo elevou de 0,8% para 1,7% a estimativa para o crescimento do Produto
Interno Bruto (PIB) deste ano, mas prevê desempenho mais fraco para 2023Freepik
O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou de forma expressiva a estimativa para o crescimento da atividade brasileira, neste ano, apesar das dificuldades enfrentadas pela economia global. Entretanto, passou a ver desempenho mais fraco em 2023.
Na revisão das estimativas em seu relatório
Perspectiva Econômica Global, divulgado nesta terça-feira, 26/07, o FMI passou
a estimar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil neste ano em
1,7%, bem acima da taxa de 0,8% calculada em abril.
Para 2023, o relatório do FMI indica que a expansão
da atividade será de 1,1%, 0,3 ponto percentual a menos do que o previsto em
abril.
A estimativa do FMI, no entanto, ainda está um
pouco abaixo da do governo, que calcula que o PIB brasileiro deve crescer 2%,
neste ano. A previsão do Ministério da Economia para 2023 é de 2,5%.
A melhora do cenário para o Brasil ajudou a
impulsionar a projeção para o crescimento da América Latina e Caribe, com o FMI
vendo agora aumento do PIB da região de 3% este ano, 0,5 ponto a mais do que no
relatório anterior.
Mas da mesma forma, a estimativa para a América
Latina e Caribe no ano que vem piorou em 0,5 ponto, para 2%.
ECONOMIA MUNDIAL
De acordo com as previsões do FMI, o crescimento do
PIB global desacelerará para 3,2% em 2022, ante uma previsão de 3,6%, divulgada
em abril.
O crescimento mundial se recuperou em 2021 para
6,1% depois que a pandemia da covid-19 esmagou a produção global em 2020 com
contração de 3,1%.
"A perspectiva piorou significativamente desde
abril. O mundo poderá em breve estar à beira de uma recessão global, apenas
dois anos após a última", disse o economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier
Gourinchas, em comunicado.
Entre os motivos que levaram o FMI a reduzir a
projeção para o PIB mundial em 2022 em 0,4 ponto estão a inflação mais elevada
em todo o mundo, desaceleração mais forte do que o esperado na China devido a
novos surtos de covid-19 e repercussões negativas da guerra na Ucrânia.
Para a China, o fundo cortou as perspectivas de
crescimento em 1,1 ponto para 2022 e em 0,5 ponto para 2023, indo
respectivamente a 3,3% e 4,6%.
"Os riscos para o cenário são
predominantemente negativos. A guerra na Ucrânia pode levar a uma interrupção
repentina das importações de gás da Rússia pela Europa; pode ser mais difícil
reduzir a inflação do que o esperado se os mercados de trabalhos estiverem mais
apertados ou se as expectativas de inflação desancorarem", destacou o FMI.
https://dcomercio.com.br/publicacao/s/fmi-revisa-para-cima-projecao-de-crescimento-da-economia-brasileira
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