terça-feira, 31 de maio de 2022

Tabagismo contribui para o câncer bucal

Alerta é do Seconci-SP, por ocasião do Dia Mundial Sem Tabaco

 

O tabagismo desempenha papel significativo em muitos casos de câncer bucal diagnosticados a cada ano, alerta a dra. Tatiana Lucianelli Komatsu, dentista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), por ocasião do Dia Mundial Sem Tabaco (31 de maio).

O câncer de boca está entre os dez tipos de cânceres mais frequentes na população brasileira. De acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), nove em cada dez casos estão envolvidos com o tabagismo. “Sempre que a pessoa inala, as substâncias químicas prejudiciais dos produtos com tabaco passam primeiro pela boca e pela garganta antes de atingir os pulmões. Com o tempo e a exposição continuada, essas substâncias podem causar mudanças na cavidade bucal, que podem levar ao câncer bucal”, explica a dra. Tatiana.

“O perigo do cigarro e de outros produtos de tabaco ganha um incentivo a mais quando associados ao álcool. O ato de fumar enquanto se ingere bebidas alcoólicas, muito comum nos momentos de descontração e lazer, como em bares e festas, pode aumentar em 19 vezes a chance de desenvolver câncer nessa região”, acrescenta.

A dentista alerta que o risco não se limita apenas ao cigarro. “Charuto, cachimbo, fumo de rolo, rapé, narguilé e outros derivados de tabaco também compartilham dos mesmos riscos”.

“A boa notícia é que essa é uma doença passível de prevenção. Ao evitar o tabagismo e outros comportamentos de alto risco e consultar rotineiramente o dentista, a pessoa poderá se prevenir do câncer no futuro”, destaca.

 

Riscos

Fumantes têm duas vezes mais risco de desenvolver a doença periodontal do que os não fumantes, diz a dra. Tatiana. A doença periodontal é uma infecção da gengiva e dos ossos ao redor dos dentes, que resulta de formações de bactérias bucais prejudiciais e pode levar à perda do dente.

“O tabagismo interfere no sistema imunológico, dificultando o combate do organismo às bactérias que causam as doenças periodontais. O tratamento periodontal pode até não ter o mesmo sucesso esperado para um fumante do que para um não-fumante, pois o tabagismo dificulta a cicatrização da gengiva”.

O tabagismo também pode afetar os sentidos do paladar e do olfato e atrasar a recuperação após a extração de um dente ou qualquer outro procedimento dentário. Além disso, o alcatrão do cigarro mancha os dentes e causa mau hálito, prossegue a dra. Tatiana.

“A nicotina do cigarro é uma substância causadora de dependência extrema, por isso não é fácil deixar o hábito de fumar. Entretanto, parar de fumar será um passo importante para melhorar a saúde geral. Uma vez que deixar de fumar é um grande desafio, a maioria das pessoas precisa de suporte. Não se deve hesitar em conversar com o dentista sobre o desejo de parar de fumar”, conclui.


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