sexta-feira, 27 de maio de 2022

Parar de fumar requer esforço e acompanhamento médico. Conheça as principais dicas!

 Segundo pneumologista do Hospital Santa Catarina -- Paulista, força de vontade, acompanhamento médico com tratamento farmacológico, apoio da família e mudanças no estilo de vida são fatores fundamentais para o abandono do tabagismo

 

Todo ano, 160 mil brasileiros morrem em decorrência do tabagismo. A boa notícia é que cada vez mais pessoas conseguem abandonar o vício no Brasil. O país lidera o ranking de nações com a maior quantidade de pessoas que pararam de fumar -- o percentual de fumantes caiu de 36% em 1989 para 10% da população.

No entanto, eliminar esse hábito não é uma tarefa fácil e a pandemia pode ter piorado a situação. De acordo com a Fiocruz, durante o isolamento social, os fumantes aumentaram em quase 34% a quantidade de cigarros consumidos. Razões como solidão, ansiedade e nervosismo, que cresceram no período, podem ser explicações para essa alta. 

“O primeiro e mais importante passo é a força de vontade. Não existe remédio milagroso. Para ter sucesso e parar de fumar, a pessoa tem que focar em três pontos principais: força de vontade, ter uma equipe médica acompanhando e dando tratamento farmacológico, e o terceiro é ter orientações para mudança de comportamento, como por exemplo, excluir da rotina fatores que lembrem o cigarro”, explica Dr. Oliver Nascimento, pneumologista do Hospital Santa Catarina -- Paulista. 

Além do próprio fumante, a família também pode ser fundamental nesse momento ao dar apoio, orientar, cobrar e participar efetivamente desse processo. Por exemplo, caso tenha mais de uma pessoa que fuma na casa, o ideal é que todos parem de fumar juntos. 

“O fumante pode tentar descobrir o que o leva a fumar e substituir as ações por outras mais benéficas, como praticar exercícios físicos e beber água. O mais importante é ter uma vida saudável com atividade física e alimentação balanceada”, recomenda o médico.
 

Cigarro pode prejudicar quem convive com o fumante 

O hábito de fumar pode levar a muitos problemas de saúde. Doenças pulmonares, como a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), cerebrovasculares e cardiovasculares, além de diversos tipos de cânceres podem aparecer em decorrência do fumo. No entanto, quem vive com o fumante também tem sua saúde prejudicada e pode desenvolver uma gama de enfermidades. 

“Pacientes classificados como fumantes passivos podem ter cerca de 20% a 30% do aumento no risco de desenvolvimento de câncer de pulmão. Para o fumante ativo, quanto maior a exposição, maior o risco”, afirma o Dr. Aumilto Júnior, oncologista do Hospital Santa Catarina -- Paulista. 

No mundo, 1,2 milhão de fumantes passivos morrem todo ano em decorrência da inalação de substâncias prejudiciais à saúde contidas no cigarro. É preciso ficar atento a alguns sintomas que podem indicar um possível problema. 

“Emagrecimento não planejado, feridas na boca que não cicatrizam, dificuldade de engolir, aparecimento de linfonodos aumentados, conhecidos popularmente como ínguas, na região do pescoço, sangue na urina, tosse com sangue, falta de ar e respiração curta são os principais sintomas que chamam atenção e que devem ser investigados”, afirma o oncologista.
 

Confira os principais métodos para parar de fumar

  • Elimine possíveis fatores que levam ao ato de fumar
  • Busque auxílio profissional e familiar
  • Encontre substitutos saudáveis para o vício, como atividade física

·         Adote um estilo de vida mais saudável, com a prática regular de exercícios, alimentação saudável e ingestão regular de água.



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