Segundo pneumologista do Hospital Santa Catarina -- Paulista, força de vontade, acompanhamento médico com tratamento farmacológico, apoio da família e mudanças no estilo de vida são fatores fundamentais para o abandono do tabagismo
Todo ano, 160 mil brasileiros morrem em
decorrência do tabagismo. A boa notícia é que cada vez mais pessoas conseguem
abandonar o vício no Brasil. O país lidera o ranking de nações com a maior
quantidade de pessoas que pararam de fumar -- o percentual de fumantes caiu de
36% em 1989 para 10% da população.
No entanto, eliminar esse hábito não é uma tarefa fácil e a pandemia pode ter piorado a situação. De acordo com a Fiocruz, durante o isolamento social, os fumantes aumentaram em quase 34% a quantidade de cigarros consumidos. Razões como solidão, ansiedade e nervosismo, que cresceram no período, podem ser explicações para essa alta.
“O primeiro e mais importante passo é a
força de vontade. Não existe remédio milagroso. Para ter sucesso e parar de
fumar, a pessoa tem que focar em três pontos principais: força de vontade, ter
uma equipe médica acompanhando e dando tratamento farmacológico, e o terceiro é
ter orientações para mudança de comportamento, como por exemplo, excluir da
rotina fatores que lembrem o cigarro”, explica Dr. Oliver Nascimento,
pneumologista do Hospital Santa Catarina -- Paulista.
Além do próprio fumante, a família
também pode ser fundamental nesse momento ao dar apoio, orientar, cobrar e
participar efetivamente desse processo. Por exemplo, caso tenha mais de uma
pessoa que fuma na casa, o ideal é que todos parem de fumar juntos.
“O fumante pode tentar descobrir o que
o leva a fumar e substituir as ações por outras mais benéficas, como praticar
exercícios físicos e beber água. O mais importante é ter uma vida saudável com
atividade física e alimentação balanceada”, recomenda o médico.
Cigarro pode prejudicar quem convive
com o fumante
O hábito de fumar pode levar a muitos
problemas de saúde. Doenças pulmonares, como a doença pulmonar obstrutiva
crônica (DPOC), cerebrovasculares e cardiovasculares, além de diversos tipos de
cânceres podem aparecer em decorrência do fumo. No entanto, quem vive com o
fumante também tem sua saúde prejudicada e pode desenvolver uma gama de
enfermidades.
“Pacientes classificados como fumantes
passivos podem ter cerca de 20% a 30% do aumento no risco de desenvolvimento de
câncer de pulmão. Para o fumante ativo, quanto maior a exposição, maior o
risco”, afirma o Dr. Aumilto Júnior, oncologista do Hospital Santa Catarina --
Paulista.
No mundo, 1,2 milhão de fumantes
passivos morrem todo ano em decorrência da inalação de substâncias prejudiciais
à saúde contidas no cigarro. É preciso ficar atento a alguns sintomas que podem
indicar um possível problema.
“Emagrecimento não planejado, feridas
na boca que não cicatrizam, dificuldade de engolir, aparecimento de linfonodos
aumentados, conhecidos popularmente como ínguas, na região do pescoço, sangue
na urina, tosse com sangue, falta de ar e respiração curta são os principais
sintomas que chamam atenção e que devem ser investigados”, afirma o
oncologista.
Confira os principais métodos para
parar de fumar
- Elimine possíveis fatores que levam ao ato de fumar
- Busque auxílio profissional e familiar
- Encontre substitutos saudáveis para o vício, como atividade
física
·
Adote um estilo de vida mais saudável, com a prática regular de
exercícios, alimentação saudável e ingestão regular de água.
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