segunda-feira, 30 de maio de 2022

No “Dia Mundial sem Tabaco”, médica-veterinária faz alerta para os efeitos do tabagismo em animais com tutores fumantes

  Dra. Karin Botteon, da Boehringer Ingelheim, esclarece que os Pets também podem se tornar “fumantes passivos” e desenvolverem problemas de saúde ao longo da vida


Na próxima terça-feira (31), comemora-se o “Dia Mundial sem Tabaco”, data criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1987, para alertar sobre doenças e mortes causadas pelo tabagismo. A Dra. Karin Botteon, gerente técnica da área de Pets da Boehringer Ingelheim, avisa que cães e gatos que convivem com tutores fumantes podem desenvolver diversos problemas de saúde, incluindo determinados tipos de câncer.

“Há muito tempo, a medicina reconhece que pessoas que convivem com fumantes tornam-se ‘fumantes passivos’, pois respiram o mesmo ar e inalam as toxinas dos cigarros. É natural, e comprovado pela literatura da medicina-veterinária, que o mesmo ocorre com os Pets”, afirma. “E mesmo que os tutores fumem em ambientes abertos e longe dos animais, os resíduos do tabaco ficam sobre a pele, roupas, móveis e chão, podendo entrar em contato com eles, causando intoxicação”.

As consequências para o contato frequente com tabaco são muitas. Cães que inalam fumaça de cigarros e que já tem doenças respiratórias pré-existentes podem ter os seus sintomas agravados. Além disso, eles tendem a apresentar alterações pulmonares semelhantes àquelas encontradas nos seres humanos fumantes. A raça e a anatomia também são fatores determinantes: cães de focinho longo tendem a acumular mais partículas na narina e não nos pulmões, o que os coloca em um risco aumentado de câncer nasal; já os cães de focinho muito curto não filtram tanto estas partículas que chegam mais facilmente aos pulmões, aumentando o risco de câncer deste órgão.

Já os gatos que convivem com fumantes têm de 2 a 4 vezes mais chance de desenvolver carcinoma de células escamosas na cavidade oral, um tipo extremamente agressivo de câncer. Além disso, eles também têm uma chance de até 3 vezes maior de desenvolver linfoma (similar ao linfoma Não-Hodgkin de humanos). O fato de os felinos se lamberem com frequência para manutenção da higiene também os coloca em exposição a partículas nocivas dos cigarros.

“É fundamental que os tutores tenham consciência de fatores ambientais que podem influenciar na saúde dos Pets, e o uso contínuo cigarro pode prejudicar diretamente a saúde de todos que convivem na mesma casa”, finaliza a Dra. Karin.

 

Boehringer Ingelheim Saúde Animal

 

Referências bibliográficas:

US Food and Drug Administration

VCA Hospitals


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