quinta-feira, 28 de abril de 2022

Fobia social ou timidez na adolescência? Saiba como diferenciar

Típica fase da vida marcada pelas mais diferentes experiências, a adolescência, infelizmente, tende a ser difícil para muitas pessoas. Afinal, é durante essa época que as fobias mais comuns costumam se manifestar pela primeira vez. Também é nesse período que a timidez se intensifica ou é amenizada. Mas como saber se seu filho tem fobia social ou timidez?


Se você sempre teve essa dúvida, saiba que ela é mais frequente do que se imagina. A boa notícia é que o psicólogo do Hospital Santa Mônica, Alef Ferreira,  está aqui para apresentar as características e diferenças de cada um desses dois problemas.

Assim, você saberá quando buscar ajuda especializada, se for o caso. Confira todos os detalhes a seguir!


O que é timidez?

Timidez é um estado de vergonha, em que a pessoa passa a se sentir desconfortável com a presença de outras pessoas. Isso acontece ao ponto de, em tais circunstâncias, o indivíduo preferir falar pouco ou quase nada com os presentes no local.

A medida dessa sensação de inibição depende do nível de timidez. Em alguns casos, ela ganha força apenas quando há muita gente, como durante a apresentação de um trabalho escolar na frente da turma. Outras vezes, a sensação se mostra acentuada mesmo em ambientes com uma única pessoa.


O que é fobia social?

Quando falamos sobre fobia social, estamos nos referindo a um transtorno de ansiedade. Logo, trata-se de algo que vai muito além dos episódios característicos da timidez, pois não se resume a ficar com vergonha ou não saber como reagir.

A fobia social é um estado de descontrole generalizado a respeito das emoções associadas ao medo de realizar interações com outras pessoas. Ela também está associada ao medo profundo de efetuar atividades simples em público, como fazer uma refeição.

Na prática, esse distúrbio trava o indivíduo, deixando-o, muitas vezes, em pânico só ao pensar na possibilidade de falar com alguém, por exemplo. Portanto, fica nítido que a fobia social é um problema bem mais grave do que a timidez, independentemente da frequência com que os episódios da segunda aconteçam

 

Fobia social ou timidez: quais são as diferenças? 

Com chances de surgir desde o início ou ao longo da adolescência, a fobia social é, de certo modo, uma evolução negativa do quadro de timidez. A partir do momento em que alguns sintomas adquirem contornos de irracionalidade, o indivíduo começa a desenvolver um distúrbio mental.

Pessoas tímidas têm receio de errar, de serem julgadas por pessoas próximas ou desconhecidas e de se sentirem rejeitadas. Para quem tem fobia social, essas sensações se transformam em aversão e pavor, que tomam conta de todo o organismo.

O resultado é a manifestação de sintomas de ordem física e psicológica. A timidez propriamente dita, mesmo nos quadros mais severos, não chega a impedir a ida a restaurantes, lojas, praças ou a quaisquer lugares sujeitos ao encontro com pessoas. Por outro lado, quadros de fobia social sim.

Com relação aos sintomas, a lista é extensa. De modo geral, esse tipo de fobia pode desencadear — simultaneamente ou não:

  • aumento dos batimentos cardíacos;
  • transpiração desmedida;
  • tensão nos músculos;
  • impossibilidade ou extrema dificuldade de articular palavras ou frases;
  • dores de estômago ou vontade repentina de ir ao banheiro;
  • secura na garganta;
  • ataques de pânico — e as 
  • consequências que os acompanham, como tontura, náuseas e dificuldade de respirar.

Como máquina inteligente que é, nosso cérebro não gosta nem um pouco de vivenciar esses sintomas, pois eles comprometem a plenitude de suas funções normais. Logo, ele faz de tudo para evitar que a pessoa vítima do problema corra o risco de passar por isso novamente.

Por isso, a pessoa com fobia social é propensa a ficar distante de locais com pessoas. Visto que a vida em sociedade prevê que isso aconteça diariamente nos mais variados ambientes, o isolamento em casa é um desfecho comum.

Soma-se a isso a duração, pois a timidez costuma perdurar por instantes, sendo finalizada após o fim do episódio. Já os efeitos da fobia social podem se prolongar por muito mais tempo, principalmente se houver a manifestação de muitos sintomas.

Quando o transtorno aparece no decorrer da adolescência, a gravidade do problema só aumenta, visto que o futuro do jovem fica comprometido. Afinal, ele ainda precisa terminar de cursar o Ensino Médio para, em seguida, ingressar no Ensino Superior.         

 

Como identificar casos de fobia social em adolescentes? 

O ambiente escolar é um dos mais propensos à ocupação de verdadeiras multidões. Independentemente da estrutura do colégio, ele tem espaço para o exercício da convivência social, como pátios, quadras e bibliotecas.

O adolescente com fobia social tende a passar mal só de se ver (mentalmente) nesses locais. Por esse motivo, um dos primeiros sinais é semelhante àquele que também costuma surgir após episódios de cyberbullying: o pedido para não voltar à escola. Aliás, dificilmente uma criança ou adolescente faz essa solicitação à toa.

Outro sinal importante deriva da recusa em frequentar lojas ou ir a shoppings. Às vezes, o jovem quer ir ao cinema, mas simplesmente desiste. Assim, sua vida social vai se esfarelando aos poucos.

Em geral, é preciso encarar com seriedade a insistência de adolescentes em permanecer em casa o tempo todo. Esse é o tipo de comportamento que jamais deve ser considerado normal, ainda mais durante a adolescência.



Quais são as consequências da fobia social? 

Caso o transtorno não seja tratado com ajuda profissional apropriada, ele tem chances de se manter na idade adulta. O resultado, como é de imaginar, é uma pessoa cada vez mais habituada a viver isolada do mundo.

Isso traz consequências preocupantes em todos os tipos de relações (pessoais e profissionais). Além disso, quanto mais acostumada a se manter distante, mais a pessoa se sente confortável. Logo, será difícil convencê-la a sair desse quase estado de inércia.



Quais são os tratamentos adequados?

Para ajudar um jovem com fobia social é preciso garantir a realização de um bom diagnóstico, o qual deve ser seguido da aplicação de tratamentos realmente eficazes. Uma dessas abordagens é a terapia cognitivo-comportamental, pois ela ajuda a reorganizar os pensamentos, responsáveis por emoções e comportamentos descontrolados.

Para que esse e outros métodos surtam os efeitos desejados, entretanto, é fundamental contar com o suporte de uma equipe médica multidisciplinar, composta por psicólogos, psiquiatras e outros profissionais.



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